Antes vindo de três vitórias consecutivas, Junior Cigano tinha o duelo contra Francis Ngannou, realizado no último sábado (29), pelo UFC Minneapolis, como grande chance de ser o próximo desafiante ao cinturão peso-pesado caso saísse vencedor. No entanto, a dura derrota por nocaute em apenas 71 segundos de luta frustrou totalmente os planos do brasileiro, que agora terá que refazer seu caminho rumo ao topo da categoria.
- Ngannou nocauteia Cigano na luta principal do UFC Minneapolis em apenas 71s
- Amanda e Carcacinha são destaques no card preliminar do UFC Minneapolis
- Vídeo: confira todos os nocautes e a finalização de Amanda no UFC on ESPN 3
Em entrevista coletiva logo após o confronto, Cigano admitiu não ter seguido a estratégia traçada com sua equipe à risca e, com isso, deu a vitória de “presente” para o camaronês, conhecido por seu forte poder de nocaute. São dez de 14 triunfos pela via rápida.
“Eu sei que ele tem muita força. Ele acertou o golpe e acabou. Esse esporte é o mais duro do mundo, especialmente no peso pesado. Não posso dizer que a força dele me surpreendeu, e não quero tirar o mérito dele, mas eu dei essa vitória para ele quando joguei aquele overhand e fiquei próximo dele, eu dei a ele a chance de contragolpear por cima do meu soco. É o que ele sempre faz, sempre que você erra um golpe contra ele, ele contragolpeia imediatamente. Foi o mesmo erro que eu cometi na minha última luta contra Derrick Lewis, mas nela eu consegui me recuperar e vencer. E esse cara, quando acerta um golpe, a luta acaba. Não segui o que estava planejado para eu fazer. O plano era me mexer e acertar socos retos para manter a distância, principalmente no começo”, revelou o brasileiro, que ainda comentou sobre o que conversou com Ngannou no cage.
“Ele falou algo sobre o que ele disse antes, sobre família e coisas assim. Ele tentou explicar o que ele disse. Ele é um cara legal, e quando falou coisas idiotas, as provocações, foi porque alguém o mandou falar aquilo. Foi legal da parte dele falar comigo. Francis mereceu essa vitória, é um excelente representante dessa categoria. Um cara grande e muito forte. Ele é um cara que eu adoro ver lutar. Para falar a verdade, mal posso esperar para enfrentá-lo novamente”, destacou Cigano, que por fim, falou sobre seus planos futuros.
“Dou os parabéns ao Francis Ngannou e vou trabalhar muito para enfrentá-lo novamente. Como a derrota não estava nos meus planos, então não sei o que pensar daqui para frente. Mas é muito difícil chegar ao topo dessa categoria e, às vezes, de repente, tudo desaparece da sua frente. Mas eu vou voltar ao topo. Eu sei como fazer, e vou fazer. Meu plano ainda é fazer três lutas no ano. Lutar é uma espécie de remédio para a derrota. Quanto antes eu voltar para casa, pensar no que aconteceu e voltar a treinar, melhor. Foi bom construir meu caminho até uma nova disputa de cinturão, ou mesmo a uma luta de Boxe. Agora só vai levar mais tempo”, encerrou o ex-campeão do Ultimate, hoje aos 35 anos de idade.