Adesanya surpreende e revela quanto ganhou de bolsa em sua estreia no UFC; veja e opine

Desde sua estreia no UFC em 2018, Israel Adesanya mostrou que não seria apenas mais um nome no plantel. Em entrevista ao podcast “Pound-4-Pound”, comandado por Henry Cejudo e Kamaru Usman, o ex-campeão dos médios do Ultimate revelou que já chegou à organização com status elevado — e uma remuneração proporcional ao seu hype.

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Ao relembrar sua primeira luta no UFC, quando nocauteou Rob Wilkinson no segundo round, no card do UFC 221, Adesanya contou que quebrou o padrão salarial para estreantes no evento.

“Na minha estreia no UFC, não cheguei aos 10 e 10 (mil) como todo mundo. Ganhei seis dígitos e ainda ganhei um bônus de 50 mil. Roubei a cena de… quem era o evento principal? (Luke) Rockhold contra Yoel (Romero), eu acho. Senti que roubei a cena, as pessoas estavam falando de mim e eu estava no topo do mundo.”, disse Adesanya.

Apesar da performance dominante e do reconhecimento imediato, o nigeriano também compartilhou os desafios que enfrentou fora do octógono. O peso da fama e da pressão por um bom desempenho afetaram sua saúde mental logo no início da trajetória.

“Eu ia para casa e simplesmente desabava. Eu não entendia. Foi aí que comecei a fazer terapia, porque percebi: ‘Ok, isso é… não quero dizer que é ruim, mas era ruim.’ Eu pensava: ‘Droga, eu não deveria estar triste’. E aí você se sente culpado por estar triste. Você pensa: ‘Por que estou deprimido?”, revelou o ex-campeão.

Adesanya ainda comparou o ciclo emocional da fama com o efeito de um estimulante: “Eu descobri que é o estímulo. Você é o cara, isso e aquilo, câmeras, luzes, ação. Aí eu vou para casa, estou no meu quarto escuro, relaxando, e não há estímulo. É como café. O barato do café, e aí, quando o efeito passa, você tem a queda. É assim, só que para o seu espírito.”, concluiu.

Adesanya retorna às manchetes não apenas por suas performances dentro do cage, mas por ser um dos poucos atletas de alto nível a falar abertamente sobre saúde mental no MMA — um tema que ainda encontra resistência no universo das lutas.

Atualmente com 35 anos, o “Stylebender” vive o momento mais delicado da sua carreira no MMA, tendo perdido quatro das suas últimas cinco lutas. Num recorte mais recente, o cenário é ainda pior, com três derrotas consecutivas, para Nassourdine Imavov, Dricus Du Plessis e Sean Strickland, respectivamente.

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