Advogado de caso Leandro Lo insinua que Key Alves mentiu ao dizer que presenciou assassinato do lutador

Advogado de caso envolvendo morte de Leandro Lo também alerta sobre as consequências que Key Alves pode sofrer em caso de repetir a suposta mentira em um possível depoimento

Advogado de caso Leandro Lo insinua que Key Alves mentiu ao dizer que presenciou assassinato do lutador

Declaração de Key Alves sobre morte de Leandro Lo repercutiu bastante nos últimos dias (Foto: Reprodução)

Lenda do Jiu-Jitsu, Leandro Lo foi assassinado em agosto do ano passado, em uma casa de festas na Zona Sul de São Paulo, e o principal suspeito da morte do lutador é o policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, que desde o terrível ocorrido, está preso de forma preventiva. O caso gerou imensa repercussão nacional na época e, em meio ao pedido de justiça entre familiares, amigos e fãs do atleta, uma revelação feita nos últimos dias chamou bastante a atenção.

Confinada no reality show Big Brother Brasil (BBB) 23, Key Alves desabafou com Cara de Sapato – também participante do programa e amigo de Leandro Lo – e disse que presenciou o assassinato do multicampeão de Jiu-Jitsu. Desde então, familiares e amigos de Lo vêm pressionando, por meio das redes sociais, para que a atleta de Vôlei dê o seu depoimento sobre o que viu no dia da morte do lutador. Advogado da família de Leandro, Adriano Salles Vanni disse, em entrevista à TATAME, que entraria com pedido para Key Alves ser testemunha.

Do outro lado, o desejo é semelhante. Advogado responsável por defender o policial Henrique Velozo, Cláudio Dalledone Jr. também deseja que a participante do BBB 23 seja intimada a depor sobre o caso, que completou seis meses nesta semana. Em conversa com a coluna “Splash”, do site UOL, no entanto, o advogado deu a entender que Key Alves estaria “mentindo” sobre ter visto de perto o assassinato de Leandro Lo.

“Quando surge uma (pessoa) se dizendo testemunha, criando esse frisson, é obrigação da defesa chamá-la ao processo. A assessoria dela (Key Alves) já se antecipa dizendo que ela nada viu. Então são esses factoides aqui que têm que ser combatidos e isso que está a cargo da defesa: chamar essa pessoa que falsamente está afirmando em rede nacional que efetivamente viu tudo e que Leandro Lo nada teria feito”, disse Cláudio Dalledone Jr., que alertou sobre as consequências que Key pode enfrentar em caso de estar mentindo ao afirmar que presenciou o caso e se repetir o mesmo discurso em um possível depoimento.

“As pessoas não podem sair dizendo que viram aquilo que jamais presenciaram. E se porventura ela vier a faltar com a verdade, ela será processada por falso testemunho. A respeito dela ela estar dentro de um programa, um programa dessa envergadura, traz a preocupação à defesa, porque isso poderá ou poderia ser utilizado lá na frente dizendo que a defesa se manteve silenciosa ou inerte até essa afirmação dela dizendo: ‘Eu vi tudo e ele não fez nada”, concluiu o advogado.

Vale ressaltar que, também nesta semana, a primeira audiência de instrução para ouvir testemunhas do assassinato de Leandro Lo foi adiada para o dia 24 de março. O advogado da família de Leandro Lo, Adriano Salles Vanni, disse que a defesa do PM Otávio Velozo alegou que não poderia estar presente na data que havia sido marcada pela Justiça de São Paulo anteriormente, dia 3 de fevereiro, por conta de um compromisso jurídico em Curitiba, no Paraná.

Relembre o caso

Segundo testemunhas, durante um show no Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo, Lo teria imobilizado o policial Henrique Otávio Oliveira Velozo, de 30 anos, para acalmar uma situação de provocação do próprio Henrique, que chegou a pegar a bebida da mesa do faixa-preta. O PM, então, se afastou e disparou um tiro na cabeça do lutador à queima-roupa. Leandro foi levado ao Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro de Saboya, mas não resistiu e teve morte cerebral confirmada aos 33 anos. O caso, então, passou a ser investigado pela 16ª DP (Vila Clementino).

Principal suspeito da morte do multicampeão Leandro Lo, Henrique Velozo, que é Tenente da Polícia Militar, se entregou na noite de 7 de agosto na Corregedoria da Corporação e foi preso. Ele estava foragido e teve a prisão preventiva decretada ao longo do dia.

Depois disso, Justiça aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público contra o policial militar Henrique Velozo. Diante disso, o PM se tornou réu pela morte do atleta. Henrique Velozo, vale ressaltar, está detido no presídio militar Romão Gomes, após ter se entregado. De acordo com informações do portal “g1”, o Ministério Público ofereceu, no dia 30 de agosto, a denúncia contra o policial militar por homicídio triplamente qualificado.

O órgão especificou que as qualificadoras do homicídio foram: por motivo torpe; com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; e à traição, de emboscada.

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