Anderson Silva revela que gostaria de ter se aposentado antes da primeira luta com Chris Weidman: ‘Estava saturado’

Anderson Silva revela que gostaria de ter se aposentado antes da primeira luta com Chris Weidman: ‘Estava saturado’

Um dos maiores nomes da história do MMA mundial, Anderson Silva, que recém completou 45 anos, ainda segue na ativa, mas em 2012 0 desejo do lutador era outro. Em entrevista ao canal do UFC no YouTube, o “Spider” revelou que seu objetivo era se aposentar antes da primeira luta com Chris Weidman, que aconteceu em julho de 2013, no UFC 162.

Na reta final de 2012, no UFC 153, realizado no Rio de Janeiro, Anderson nocauteou Stephan Bonnar em duelo pela divisão dos meio-pesados. No mesmo ano, em reunião com Dana White, presidente do UFC, e Lorenzo Fertitta, então proprietário majoritário da organização, o brasileiro afirmou que não mais queria lutar. Jorge Guimarães e Ed Soares, agentes do lutador, também foram surpreendidos.

“Eu queria parar. Queria um tempo para poder ficar com a minha família. Eu vinha fazendo isso por muitos anos e estava perdendo contato com meus filhos. Estava só treinando e não estava funcionando para mim”.

Dana e Fertitta, então, presentearam Anderson com um Bentley Continental GT, com preço estimado à época de US$ 174 mil. O “Spider” chegou a questionar se aquilo era para “comprá-lo”, mas pouco tempo depois, mudou de ideia e aceitou defender o cinturão dos médios. O adversário seria Chris Weidman.

“Um dia antes de começar meus treinamentos para enfrentar o Weidman, eu já estava saturado. Eu nunca falei disso. Eu nunca havia usado o termo ‘se eu vencer’, mas eu disse para a minha esposa: ‘Se eu vencer, eu vou parar. Não vou mais lutar’”, relembrou o ex-campeão dos médios e principal nome da divisão.

No primeiro encontro com o “All American”, Anderson foi nocauteado e imediatamente pediu a revanche. No fim de 2013, cinco meses após o revés, o brasileiro voltou e revelou que estava mais focado. No entanto, em um chute baixo, acabou quebrando a perna. Quase 14 meses depois, o brasileiro retornou contra Nick Diaz, venceu no octógono por decisão unânime, mas a luta virou um “No Contest” após os dois lutadores testarem positivo em exame antidoping realizado pela USADA (Agência de Antidoping dos EUA).

“Eu teria parado se tivesse vencido a luta (a primeira com o Weidman), não lutaria mais, mas acabei quebrando minha perna. Acho que foi uma mensagem de Deus dizendo para mim: ‘Olha, cara, você não deveria parar ainda. Demorou tanto tempo para você chegar aqui e agora você quer parar?’ Não sei, acho que são mensagens subliminares que ficam na sua cabeça”, desabafou o experiente lutador.