Ganhando cada vez mais destaque no UFC, André Sergipano teve motivos de sobra para comemorar no ano de 2021. Em maio, conquistou a maior vitória da sua carreira ao finalizar a lenda Ronaldo Jacaré ainda no primeiro round, com um armlock, no card do UFC 262, fazendo com que seu compatriota – multicampeão no Jiu-Jitsu – sofresse a primeira derrota por finalização dentro do MMA.
Já em dezembro, André Sergipano fechou o ano com chave de ouro. Em ação no grandioso card do UFC 269, o faixa-preta de Jiu-Jitsu fez mais uma vítima no primeiro round, novamente com um armlock, dessa vez sobre Eryk Anders. Com o resultado, o brasileiro emplacou sua quarta vitória consecutiva no UFC, manteve sua invencibilidade na organização e, de quebra, alcançou o 13º lugar no ranking peso-médio do Ultimate.
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Atualmente com 31 anos e um cartel de 22 vitórias (sendo 15 por finalização) e quatro derrotas no MMA profissional, André Sergipano conversou com a TATAME e comentou a respeito do seu início extremamente positivo dentro do UFC, ressaltando que a trajetória construída ao longo da sua carreira o fez chegar pronto na maior organização de MMA do mundo.
“Mesmo sabendo das qualidades dos lutadores do UFC, eu sou um atleta bem experimentado, entrei bem maduro no UFC. Passei por duas ‘peneiras’ do Contender Series, lutando contra grandes atletas, então quando assinei com o UFC, eu tinha a certeza que conseguiria trilhar uma boa trajetória na organização.
Eu já entrei maduro dentro do UFC, em todos os sentidos, já lutei com vários atletas de estilos diferentes. Lógico que a gente não sonha com uma sequência tão positiva, mas uma vitória passo a passo contra atleta que vai batendo de frente com a gente, nós vamos trabalhando e sabemos que pode acontecer, justamente porque trabalhamos muito para isso. Chegar no ranking da categoria peso-médio é um sonho que estou realizando”, analisou André Sergipano.
Ao longo do bate-papo com nossa reportagem, André Sergipano falou ainda sobre a histórica vitória conquistada sobre Ronaldo Jacaré, o fato de ter se estabelecido ainda mais no ranking da categoria peso-médio do UFC e seus planos para o ano de 2022, que envolvem a tentativa de conseguir um duelo contra Darren Till e terminar a temporada dentro do Top 5 da divisão e, consequentemente, cada vez mais próximo de uma disputa de cinturão.
Confira outros trechos da entrevista com André Sergipano:
– Vitória por finalização contra Ronaldo Jacaré
Vencer o Ronaldo Jacaré foi algo extraordinário, por toda a trajetória que ele tem na modalidade do grappling, no ADCC, Jiu-Jitsu e MMA. Foi um feito que nem tenho como calcular. Fiquei muito feliz pela oportunidade de ter lutado contra ele e ainda mais feliz por ter conseguido a finalização. Foi uma luta espetacular e, sem dúvida, que vai ficar marcado para sempre na minha carreira.
– Vitórias rápidas e belas finalizações em seu início no UFC
Esse é um estilo que eu carrego nos meus treinos. Eu estou o tempo todo tentando finalizar, acabar a luta o mais rápido possível, sem perder a oportunidade, e vem dando resultado. Estou conseguindo colocar em prática as finalizações que eu treino diariamente, conseguindo finalizar ainda no primeiro round, o que evita lesões, machucados… Isso faz eu me recuperar ainda mais rápido e estar pronto para trabalhar novamente. É continuar mantendo esse foco nos treinos, porque é aquilo, o que você faz nos treinos se reproduz na luta.
– Entrada no ranking da categoria peso-médio do UFC em 2021
Eu já tinha entrado no ranking depois da vitória contra o Ronaldo Jacaré, estava em 15º. Mas aí, depois dessa vitória contra o Eryk Anders, fui agraciado com a 13ª posição entre os melhores do peso-médio. Estou muito feliz com essa colocação, estou terminando o ano de uma maneira extraordinária. Tenho interesse em lutar com alguém que esteja acima de mim no ranking, sim. Pedi para enfrentar o Darren Till eu espero que o UFC me dê essa oportunidade. Acho que tenho nível para estar no Top 10, então só espero uma chance de mostrar meu trabalho.
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– Próximos planos dentro do UFC e objetivos para 2022
Se o UFC me der a luta contra o Darren Till e, se Deus quiser, eu conseguir mais uma grande vitória, eu devo entrar no Top 10 e devo brigar com alguém daquele meio logo na sequência. Vencendo novamente, acho que consigo terminar o ano de 2022 no Top 6, Top 5 da categoria. Sobre cinturão, acho que só devo pensar para 2023, 2024… É algo ainda mais complexo, temos que amadurecer sobre essa ideia ainda. É um passo de cada vez e temos que pensar no próximo desafio, que se Deus quiser, será contra o Darren Till.
