Após conquistar título do LFA, brasileiro assina com o UFC e garante: ‘Pronto para o desafio’

Após conquistar título do LFA, brasileiro assina com o UFC e garante: ‘Pronto para o desafio’

* O brasileiro Gregory Rodrigues conquistou o cinturão peso-médio do LFA – que estava vago -, um dos principais eventos de MMA dos Estados Unidos, na última sexta-feira (21). Ele nocauteou Josh Fremd ainda no primeiro round pela edição 108 do evento e poucas horas depois teve mais um motivo para comemorar. Aos 29 anos, o “Robocop” revelou à TATAME que assinou com o UFC e irá estrear já no dia 5 de junho.

Na data em questão, Gregory, que acumula nove vitórias e três derrotas no MMA profissional, vai ter pela frente o sérvio Dusko Todorovic no card do UFC Vegas 28, e falou a respeito: “Deu nem muito tempo para comemorar o cinturão (risos). Fiquei com ele um dia só e no outro já deixei vago porque estava no UFC. É uma notícia que todo lutador quer receber. Eu estava comemorando com meus amigos e minha esposa na nossa igreja aqui da Flórida (o título do LFA) e o Ed Soares, parceiro do Joinha, me ligou com essa notícia. Fiquei muito feliz, grato a Deus por tudo. Não estava esperando isso acontecer agora, mas sabia que não estava tão longe. E foi bem antes do que eu esperava (risos). Lutei na sexta e no sábado já estava sabendo”, comentou.

Confira a entrevista completa com Gregory Rodrigues abaixo:

– Conquista do cinturão do LFA

Foi um trabalho de muito tempo… Era um dos meus objetivos. Lutar no LFA era um deles, chegar no cinturão ainda era um pouco distante, mas graças ao nosso trabalho, da minha equipe e Deus, consegui chegar lá. Foi uma das melhores performances da minha carreira, eu estava bem tranquilo, seguro no que estava me tornando. Posso colocar como uma das melhores performances da minha vida.

– Ser um nome promissor no MMA

Acredito que nessa minha jornada toda, uma das coisas que eu mais aprendi, que fez a diferença, foi não colocar pressão em mim. Por muito tempo as pessoas já falavam isso (de ser uma promessa) e eu era o único que não me via assim, então me cobrava para ser aquilo que as pessoas falavam que eu era. E partir do momento que eu relaxei e quis viver isso, foi aí que a chave virou. Me fez conseguir dar 100 % no cage, sem pressão, sem peso. Foi algo que aprendi de forma bem difícil, perdendo, mas aprendi.

– Derrota no Contender Series

Essa luta foi um dos mais difíceis para mim, passar por essa derrota. Porque tinha muita pressão ali, faltava uma luta, tinha tudo nas minhas mãos. Era só dar o meu melhor e infelizmente não veio. Aquilo me frustrou bastante, pensei em desistir até. Eu ia largar tudo, desistir mesmo. Queria até deixar uma mensagem que sei que tem pessoas que pensam também, mas momentos difíceis são necessários não para mostrar que não somos qualificados, pelo contrário, mas sim para mostrar que somos mais fortes ainda. E se preparar para o que vem. Imagina se eu tivesse parado? Talvez não estaria vivendo o que estou vivendo hoje. Deus tem o tempo para tudo, são necessários desertos para vivermos os sonhos.

 

 Segunda chance no Ultimate

Hoje me sinto preparado para estar no UFC, me sinto pronto. Veio no momento certo. Me vejo lutando com os melhores. Creio que cheguei em um ponto na minha carreira que vou crescer muito mais, mas é um momento de outro nível. Outro lugar, outro show, quero aproveitar e crescer o máximo que der. Estou pronto.

– Analise da categoria dos médios

É uma categoria muito disputada, cheia de talentos e com muitos caras duros. Eu treino na Sanford, tem vários pesos-médios do UFC que eu tenho a oportunidade de treinar e não estou com pressa, não quero correr com nada. Quero aproveitar e passar por cada etapa. Um passo de cada vez, não visar ninguém, mas sim aceitar os desafios que eles vão me oferecer e ir crescendo aos poucos com isso. Quando crescemos com tranquilidade e paciência somos bem formados. Quero preparar minha estrutura de forma sólida.

* Por João Cavalcanti