Após derrota e problema em corte de peso, Sarah Frota revela retorno ao peso mosca: ‘Vou dar trabalho’

Após derrota e problema em corte de peso, Sarah Frota revela retorno ao peso mosca: ‘Vou dar trabalho’

FORTALEZA, BRAZIL - FEBRUARY 02: (R-L) Sarah Frota of Brazil kicks Livinha Souza of Brazil in their womens strawweight fight during the UFC Fight Night event at CFO Centro de Formacao Olimpica on February 2, 2019 in Fortaleza, Brazil. (Photo by Buda Mendes/Zuffa LLC/Zuffa LLC via Getty Images)

Por Diogo Santarém

Ao entrar em ação no card de Fortaleza, no último sábado (2), Sarah Frota realizou o grande sonho de estrear no UFC. Mesmo com a derrota por decisão dividida para Livinha Souza, a palavra após a luta é “aprendizado”. Isto porque, apesar de “vender caro” o resultado, a faixa-preta de Jiu-Jitsu passou por sérios problemas antes do confronto.

Com origem no peso mosca, Sarah aceitou fazer sua primeira luta no Ultimate nos palhas. O resultado, porém, não foi satisfatório. A goiana teve sérios problemas no corte de peso, ficando 3,2kg acima do limite permitido para a categoria. A causa foi um problema nos rins, que “travou” sua tentativa de seguir perdendo peso para a pesagem de sexta-feira.

“Eu estava cortando peso e meus rins começaram a dar problemas. Isso fez com que os médicos me impedissem de continuar o corte. Dei meu melhor e agora vou voltar para minha categoria, para que não aconteça mais. Lutei de peso-palha apenas porque foi a oportunidade que apareceu e eu não podia deixar escapar. Fiz o que eu podia e até mais, pois quase tive problemas maiores pelo corte excessivo”, relatou a lutadora brasileira.

Confira a entrevista completa com Sarah Frota:

– Resultado do combate contra a Livinha

Eu acho que ganhei o primeiro e terceiro (rounds), mas também entendo que o primeiro foi bem acirrado, então tem uma margem para outra pontuação diferente da que eu achei.

– Diferença para ela sair com a vitória

Acho que o fato de eu não bater o peso influenciou. Tive problemas médicos e isso, com certeza, afetou o resultado. Na minha opinião, entrei com menos um de ponto na luta.

– Influência do jogo de chão no resultado

Acho que mandei bem no chão, mas aceitei algumas quedas. Depois que peguei o ‘time’, não caí mais. Na realidade, acho que demorei para esquentar os motores. Se fossem cinco rounds, seria diferente, mas tudo é aprendizado, evolução para a próxima chance.

– Problema no corte de peso para luta

Eu estava cortando peso e meus rins começaram a dar problemas. Isso fez com que os médicos me impedissem de continuar o corte. Dei meu melhor e agora vou voltar para minha categoria, para que não aconteça mais. Lutei de peso-palha apenas porque foi a oportunidade que apareceu e eu não podia deixar escapar. Fiz o que eu podia e até mais, pois quase tive problemas maiores pelo corte excessivo. Eu já estava de dieta rígida há mais de três meses, coisa de menos de 50g de carbo por dia, com três treinos diários e, no dia anterior, mesmo há mais de 24 horas sem água e comida, ainda tinham 6kg para tirar. Consegui tirar 3,3kg, mas aí os meus rins travaram e não pude continuar com o corte.

– Peso dos 3,2kg a mais na derrota

Psicologicamente, acredito que não, mas fisicamente eu ainda sentia dores e não consegui recuperar 100%. Também segurei no peso porque não achava correto estar ainda mais pesada que ela no octógono. Sou honrada, não sou uma lutadora suja, com certeza.

– Boa impressão e mudança de peso

Meu próximo passo é treinar mais, corrigir os erros técnicos e voltar para minha categoria original, que é a mosca. Com certeza vou para o peso mosca. Eu tentei ficar no peso palha, mas esse corte de peso me mostrou que realmente é muito complicado ficar nessa categoria, prefiro preservar minha saúde e também não quero sofrer risco de falhar de novo. Não tenho problemas com oponentes maiores, até prefiro, então vamos dar trabalho.