Após estreia com vitória no UFC, Gregory Rodrigues cita esposa: ‘Trabalhamos muito para isso’

Após estreia com vitória no UFC, Gregory Rodrigues cita esposa: ‘Trabalhamos muito para isso’

* A maioria dos lutadores passa por diversos desafios até chegar aos grandes eventos, seja no MMA, Boxe, Jiu-Jitsu, etc. E com Gregory Rodrigues não foi diferente. O peso-médio brasileiro fez a sua estreia no UFC no último dia 5 de junho, vencendo Dusko Todorovic por decisão unânime dos jurados, em Las Vegas (EUA). Em entrevista à TATAME depois do evento, o carioca revelou que a esposa, Jessica Rodrigues, foi a grande base para ele superar todos os obstáculos ao longo da jornada em busca dos seus sonhos no esporte.

Gregory havia lutado duas semanas antes da sua estreia no Ultimate, quando conquistou o cinturão peso-médio do LFA ao nocautear Josh Fremd no primeiro round. Até o momento, foram três lutas em 2021, sendo a primeira em março. Por isso, o atleta da Sanford MMA quer aproveitar com a esposa antes de voltar ao cage.

“Agora eu quero curtir a minha esposa, a nossa mudança. Mal cheguei aqui na Flórida (EUA), já tinha luta e tudo (risos). Quero curtir a nossa igreja Mananciais, que sempre ora por mim, viajar com a Jessica também. Trabalhamos muito duro para chegar onde estamos agora e sou muito grato pela minha mulher. Muita gente não sabe, mas ela que me sustentou quando eu não tinha condições de pagar as contas”, relembrou ele.

De cara, o “Robocop”, como é conhecido, venceu uma das promessas da categoria até 84kg em sua primeira luta no UFC. Questionado a respeito da sua análise sobre o combate, o carioca destacou que gostou muito de fazer três rounds contra Todorovic. Citando ainda como mais tempo no cage ajuda na análise pós-duelo.

“Eu sabia que o Dusko tem um estilo meio estranho, né (risos)? Luta com a guarda mais baixa, sai tirando a cabeça e eu vi algumas lutas em ele segurava muitos golpes. Soltava sempre o Boxe com três golpes, não jogava um golpe só para eu poder tocar mais nele. Quando deu o encerramento do primeiro round, estava com gás ainda, vi que eu tinha que me guardar também, pois ele não iria ‘dormir’. Tanto que foi a estratégia que usamos, fui pontuando. Foi uma ótima estreia, no final eu estava certo que tinha vencido. E muito bom fazer três rounds, principalmente para eu poder analisar melhor meu jogo depois, ver erros e voltar melhor”.

 

Confira o restante da entrevista com Gregory Rodrigues:

– Estreia com boa vitória no Ultimate

Estou muito feliz pela minha estreia e por estar no UFC. Em tão pouco tempo, fazer três lutas em menos de quatro meses, não é fácil, mas era uma coisa que eu sempre pedia. E foram duas lutas no LFA e uma no UFC, não tenho palavras para descrever esse momento. Enfrentar o Dusko foi muito legal. Iríamos nos enfrentar há quatro anos, mas não nos encontramos. Tem alguns adversários que é uma honra lutar, pois são iguais a mim, humildes, respeitam e sabem que somos artistas marciais. Foi a maior satisfação lutar com ele.

– Busca pelo nocaute no combate

É o que eu sempre falo, um nocaute ou uma finalização, é algo que acontece. Você não busca isso. Se você busca, você se frustra. Igual na academia, a gente treina muito duro, mas é raro você nocautear alguém. Claro que você está com mais proteção, mas acontece. Você vai impor o seu ritmo. Se o cara sentir a sua mão ou quando colocar a luta para baixo, ver que deu uma brecha, você pega na finalização. Depois de tudo que eu passei, nunca entro em uma luta esperando que ela acabe nos primeiros minutos. Me preparo para lutar três, cinco rounds, e graças a Deus aconteceu. Estava muito concentrado, independente da estreia.

– Planos após três lutas em três meses

Agora eu quero curtir a minha esposa, a nossa mudança. Mal cheguei aqui na Flórida (EUA), já tinha luta e tudo (risos). Quero curtir a nossa igreja Mananciais, que sempre ora por mim, viajar com a Jessica também. Trabalhamos muito duro para chegar onde estamos agora e sou muito grato pela minha mulher. Muita gente não sabe, mas ela que me sustentou quando eu não tinha condições de pagar as contas, ela sempre segurava e falava: ‘estou sempre contigo’. Sei que trabalhei duro, mas imagino que tenham pessoas que trabalharam muito mais duro que eu para eu estar vivendo o que estou vivendo hoje. A Jessica é uma delas, então quero agradecê-la, mas agora é descansar, e eu quero ainda fazer uma luta este ano no UFC.

– Adversário ranqueado no retorno

Acredito que acabei de chegar, quero construir uma base sólida. Tenho muito a evoluir ainda. É igual eu penso na minha chegada no UFC. Por que isso não aconteceu antes? No momento que eu descansei, que fiz somente o que eu amo, que é lutar, as coisas aconteceram. Não tenho pressa, tenho muito tempo ainda. Tem muita gente na minha frente. Gosto de colocar o meu pé no chão e ver a minha realidade. Vou aceitar o que o UFC me der. Aceito os desafios e faço o meu melhor. E quero destacar o meu time, a Sanford MMA, o Daniel Mendes, que estava no meu córner, me passando as melhores instruções, e a minha igreja, a Mananciais.

* João Carlos Cavalcanti