Após estrear na faixa preta com título de GP, Andy Murasaki destaca apoio de Galvão: ‘Sou muito grato’

Após estrear na faixa preta com título de GP, Andy Murasaki destaca apoio de Galvão: ‘Sou muito grato’

* Aos 21 anos de idade, o jovem Andy Murasaki estreou como faixa-preta com o pé direito. No último mês de abril, o nipo-brasileiro participou de um GP até 72kg promovido pelo EUG (Evolve Ur Game), e com uma grande performance, conquistou o título e a premiação no valor de US$ 10 mil (aproximadamente R$ 50 mil).

Em entrevista à TATAME, Andy, que também brilhou nas faixas coloridas – vencendo Europeu, Pan e Mundial de Jiu-Jitsu -, contou como surgiu o convite para participar do evento e analisou sua campanha. Para chegar ao título do Grand Prix, o pupilo de André Galvão na equipe Atos desbancou Kennedy Maciel, Gianni Gripo e, na final, Matheus Gabriel, que do outro lado da chave passou pelas feras Johnatha Alves e Marcio André.

“Peguei a minha faixa preta no fim de 2020 e, desde então, não via a hora de estrear ela. Na época tive a honra de ser convidado para um GP desse nível, então não pensei duas vezes em aceitar o desafio, treinei a minha vida toda para momentos assim. E sim, eu já esperava sair vitorioso, mesmo sendo o menos experiente. Caso contrário, eu não teria topado”, afirmou Murasaki, dizendo ainda que não se sentiu inimitado.

“Sinceramente, para mim não faz diferença nenhuma os nomes contra quem vou lutar. Eu treino em uma das melhores equipes do mundo (Atos), então foco apenas em estar totalmente presente no momento para conseguir apresentar o trabalho que eu e minha equipe estamos fazendo durante o dia a dia”, completou.

Na disputa pela medalha de ouro, Andy Murasaki travou uma guerra com Matheus Gabriel, campeão mundial pela IBJJF em 2019. Sobre o confronto, ele ponderou: “Acho que do início até os últimos 30 segundos, eu busquei mais a luta, estava o tempo todo atacando e com o controle. O único momento em que ele atacou e foi efetivo, foi no final. Mas como nesse evento não havia vantagens, não houve pontuação nenhuma. Sendo assim, eu sai com a vitória por decisão dos árbitros pela análise da luta toda. Mas se fosse com as regras da IBJJF, tenho a consciência de que ele teria feito uma vantagem e o resultado poderia ter sido diferente”.

 

Um dos grandes responsáveis pelo sucesso do jovem faixa-preta é o multicampeão André Galvão. E Andy fez questão de ressaltar a confiança que sente ao ter alguém do calibre do líder da Atos ao seu lado no trabalho.

“Ter alguém como o Galvão ali do lado me passa confiança. Sei que se eu estiver cometendo algum erro não vai passar batido, e isso me dá confiança para apresentar um bom trabalho. Mas o diferencial mesmo é ter ele todos os dias me orientando nos treinos e no dia a dia mesmo, onde realmente o trabalho é feito. Sou muito grato por ter a oportunidade de aprender todos os dias com ele, alguém que já chegou onde eu ainda quero chegar”, opinou o nipo-brasileiro, que após faturar o cinturão até 72kg do EUG, quer mais. “Como ganhei o GP peso-leve, gostaria de participar da próxima edição, ir atrás do título meio-médio”, encerrou.

* Por Diogo Santarém