Após finalizar em estreia no MMA, Robson Gracie Jr afirma ter ‘cobrança’ e revela conselho de Royce; confira

Após finalizar em estreia no MMA, Robson Gracie Jr afirma ter ‘cobrança’ e revela conselho de Royce; confira

Por Yago Rédua

No último mês de dezembro, no Havaí, Robson Gracie Jr estreou no MMA. O faixa-preta de Jiu-Jitsu começou a caminhada em uma das principais organizações do mundo, o Bellator, mantendo a tradição da família e vencendo Bryson Bolohao, na edição 212, por finalização. À TATAME, o lutador disse que tem uma “cobrança” maior por ser Gracie.

“Sobre ser um Gracie… Exige uma certa cobrança sim, todos já esperam levar para o chão e usar o Jiu-Jitsu. Eu sempre tento me desligar, mas a parte boa é que durante os treinamentos e na luta mesmo, parece que nunca estive sozinho, como se tivesse sempre uma motivação extra de estar representando o nome da família e também o Brasil. O Royce (Gracie) estava lá e foi bem importante, ele me tranquilizou bastante, disse que não importava o resultado, que eu já estava dando um grande passo só de entrar ali e que se durasse os três rounds, não teria problema. A finalização veio, mas eu estava pronto para qualquer resultado”, disse Robson Gracie, que teve a estreia adiada algumas vezes.

Robson comentou sobre a estreia e revelou que teve um camp difícil por causa de uma infecção. Além disso, o Gracie apontou as inspirações no MMA, o impacto de Renzo Gracie na construção do seu jogo e o convívio com Neiman Gracie, que também faz parte do Bellator.

Confira abaixo a entrevista na íntegra na entrevista com Robson Gracie Jr:

– Estrear no MMA em uma grande organização

Estou bem feliz de lutar em um evento grande como o Bellator. Claro que tem um peso extra, a visibilidade é maior, mas na hora que a porta do cage fecha, creio que não exista diferença. O importante, pra mim, era dar esse primeiro passo que era lutar. Já era uma coisa que eu esperava há muito tempo e infelizmente foi adiada diversas vezes.

– Avaliação da sua estreia no Bellator

Foi bem positiva, me senti bem calmo (na estreia). Poucos sabem, mas o camp pra essa luta não foi bom, tive uma infecção que me deixou duas semanas afastado dos treinos. Minha preocupação era ficar sem gás, mas soube controlar isso bem.

– Previsão de quando vai retornar ao cage

Ainda não temos data, não. Mas eu espero o quanto antes. O pessoal do evento sempre trata todos bem e ficaram muito felizes com a vitória. Foi bom pra mim e pra eles também.

– As maiores inspirações dentro do MMA

Dentro da família, em especial, meu pai, meus irmãos e todos aqueles que já lutaram, seja só Jiu-Jitsu ou MMA, pois eu luto pra representar a família (Gracie). Fora da família, gosto muito dos irmãos Nogueira (Minotauro e Minotouro), Demian Maia e Dan Henderson.

– Impacto do Renzo na construção do jogo

Renzo foi fundamental. Ele montou um time muito forte em Nova York. Não são todos os dias que ele pode treinar, mas sempre vem pra ajustar alguma coisa e corrigir outra, sempre motivando todo mundo a treinar duro. Mas o principal foi assisti-lo aos 51 anos ainda lutando, isso é uma coisa que muito me motiva, pois ele não precisa provar mais nada pra ninguém e ainda assim fica na linha de frente.

– Contato com o Neiman e dicas recebidas

Eu aprendo muito com ele, pois é um cara muito focado e trabalha duro todos os dias. Ele sempre acaba corrigindo alguma coisa no meu jogo ou me dando dicas de posicionamento, alimentação, no corte de peso. Ele sempre diz que o trabalho duro vai ter recompensa, que os resultados só dependem de você.