Árbitra no Brasileiro da CBJJE, Vanessa comenta distância do filho e ‘pede’ mais mulheres arbitrando

Árbitra no Brasileiro da CBJJE, Vanessa comenta distância do filho e ‘pede’ mais mulheres arbitrando

As mulheres no meio do Jiu-Jitsu vão gradualmente conquistando seu lugar de direito, mas ainda há enorme caminho a percorrer – em especial na arbitragem. São poucas as que ocupam o posto de árbitra durante importantes eventos. No Brasileiro da CBJJJE (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo), por exemplo, só tinha uma. A faixa-preta Vanessa Paixão, que também é atleta, atuou no comando das lutas no torneio.

Vanessa comentou sobre o impacto de desempenhar o papel de árbitra em um importante evento da CBJJE, como o Brasileiro: “É uma grande satisfação, fico muito feliz com a oportunidade que o presidente (Moisés Muradi) me deu. Pelo incentivo do mestre Felix Carteiro também, que foi o grande mentor. Ele me incentivou a vir competir e me encorajou a arbitrar. Apesar de já ter arbitrado em Belém, é um desafio pra mim, até por não ter outra mulher aqui arbitrando. Espero incentivar que mais mulheres venham arbitrar”, comentou.

Vanessa é natural de Belém do Pará e tem um filho de três anos. A árbitra comentou sobre o desafio de seguir no esporte após a maternidade e como faz para lidar com o período longe do filho – que segue no norte.

“Eu sou de Belém do Pará, estou aqui (São Paulo), mas o meu coração está lá (com o pequeno filho). Tenho um filho pequeno de três anos, e também fico feliz de representar as mães no Jiu-Jitsu. Após a maternidade, muitas não voltam. Pra mim é um desafio, mas é muito satisfatório que, infelizmente, tem essa distância do meu filho, mas estou conseguindo conciliar e quero o melhor para nós dois”, disse a faixa-preta de Jiu-Jitsu.

Um dos árbitros mais antigos e respeitados da CBJJE, Felix Carteiro fez elogios ao trabalho de Vanessa e pediu mais mulheres como árbitras: “Ela é uma excelente árbitra, além de ser uma ótima lutadora. É firme na arbitragem e o que falta muito é uma presença maior das mulheres na arbitragem. O público feminino está crescendo muito, mas falta essas meninas aqui arbitrando luta. Deixo os meus parabéns a Vanessa, pela determinação, força de vontade, porque não é fácil estar dentro do tatame, mas ela fez com louvor”, apontou.