Ariane Lipski exalta preparação para duelo com Antonina Shevchenko no UFC 255: ‘Vou para nocautear ou finalizar’

Ariane Lipski exalta preparação para duelo com Antonina Shevchenko no UFC 255: ‘Vou para nocautear ou finalizar’

* Com quatro lutas realizadas no Ultimate, Ariane Lipski vem, cada vez mais, ganhando destaque dentro da organização. Embalada por duas vitórias, a brasileira entrou pela última vez em ação no mês de julho e, com uma atuação de gala, finalizou a compatriota Luana “Dread” ainda no primeiro round. O desempenho rendeu elogios e, neste sábado (21), a curitibana, ex-campeã peso-mosca do KSW, terá pela frente Antonina Shevchenko no card do UFC 255, que será realizado em Las Vegas, nos Estados Unidos.

Oriunda da trocação, Ariane vai encarar uma atleta com um estilo de luta parecido. Antonina, irmã de Valentina Shevchenko – atual campeã peso-mosca do UFC – tem como seu carro-chefe o Muay Thai, assim como Lipski. Entretanto, a “Rainha da Violência” vem se mostrando cada vez mais completa no MMA, oferecendo perigo às adversárias não apenas na luta em pé, como também no jogo de chão, e para o combate diante da lutadora do Quirguistão, Ariane Lipski fez uma preparação de alto nível, conforme a própria revelou, em entrevista à TATAME.

“O camp para a luta contra a Luana Dread já havia sido ótimo, mas esse foi muito bom. O Renato (Silva, headcoach da equipe RashThai) conseguiu me tirar ainda mais da zona de conforto, ele tem aumentado cada vez mais o nível técnico, tentado melhorar todos os quesitos, físico, técnico, mental, de amadurecimento. Foi um camp incrível, estou muito feliz e confiante. O último treino de sparring que fizemos antes de viajar para Las Vegas (local do evento) foi onde tudo se encaixou, tudo o que faltava foi feito, os pequenos detalhes se encaixaram. Saímos de Curitiba com o coração leve, com a consciência tranquila de que fizemos o nosso melhor”, disse a brasileira, que possui um cartel de 13 vitórias e cinco derrotas no MMA.

Confira a entrevista com Ariane Lipski na íntegra:

– Camp ‘prolongado’ para duelo contra Antonina Shevchenko

Esse camp eu não considero apenas nos últimos meses, mas sim do ano inteiro. A Luana (Dread, última adversária) é canhota também, então estou treinando para lutar com canhota desde janeiro, e logo depois da luta, não me machuquei, então tirei uma semana de descanso e já voltei aos treinos. Já estava tudo direcionado para enfrentar a Antonina antes mesmo da luta ser anunciada. Foram quase quatro meses de treino para essa luta de sábado, mais cinco meses de treino para a luta anterior, mas posso dizer que esse camp para enfrentar a Antonina foi o melhor de todos.

O camp para a luta contra a Luana Dread já havia sido ótimo, mas esse foi muito bom. O Renato (Silva, headcoach da equipe RashThai) conseguiu me tirar ainda mais da zona de conforto, ele tem aumentado cada vez mais o nível técnico, tentado melhorar todos os quesitos, físico, técnico, mental, de amadurecimento. Foi um camp incrível, estou muito feliz e confiante. O último treino de sparring que fizemos antes de viajar para Las Vegas (local do evento) foi onde tudo se encaixou, tudo o que faltava foi feito, os pequenos detalhes se encaixaram. Saímos de Curitiba com o coração leve, com a consciência tranquila de que fizemos o nosso melhor. Estou muito empolgada por ter conseguido fazer toda a preparação em Curitiba, com o meu time, e agora é colocar tudo em prática.

– Sessões de sparring e jogo de chão afiado para enfrentar Antonina

Fizemos muitas sessões de sparring, tenho ótimos sparrings lá na RashThai. O Diogo, que foi um atleta que me ajudou, é bem alto e magro, bem no estilo da Antonina, e o Renato, desde o início, nos ensinou a jogar nas duas bases, a gente treina sequência de destro e de canhoto. Então, quando vamos enfrentar um atleta canhoto, os sparrings conseguem simular muito bem. Eu fui preparada para lutar contra a melhor Antonina, na melhor fase possível dela. Também tive ótimos sparrings de grappling, como a Bárbara Pires, campeã mundial No-Gi e faixa-marrom, que veio comigo, assim como meu professor de Jiu-Jitsu, ambos são da CheckMat. A parte de sparring foi muito bem simulada. Vejo essa luta acabando com um nocaute ou finalização, eu vencendo, porque estou muito bem preparada mesmo. A Antonina é striker, o que tenho que me preocupar são com os chutes e clinchs, mas eu também chuto, também sei clinch, tenho uma mão pesada, sou nocauteadora e tenho um grappling agressivo, vou para pegar. Então, vou para nocautear ou finalizar.

– Início no MMA e diferenças da passagem pelo KSW até atual momento no UFC

Eu tive um cartel irregular no início, com vitórias e derrotas. Nas primeiras cinco lutas, tive três derrotas. Depois desse ‘teste’, vieram as nove vitórias consecutivas, que me levaram ao cinturão do KSW e, consequentemente, ao UFC. Depois, tivemos uma nova fase (no UFC), de superação, algo que todos nós temos, com altos e baixos. Aprendi o que tive que aprender e agora me sinto pronta. O que diferencia a Ariane do KSW para a Ariane do UFC é a experiência. Tinha 23 anos quando fui campeã do KSW e agora tenho 26, em três anos pode acontecer muita coisa, e aconteceram. Estou melhor emocionalmente, mais madura, fisicamente mais forte, tecnicamente cada vez mais condicionada, entendendo cada vez mais o meu jogo e adaptando a cada adversária. Minha conexão com o Renato está cada vez melhor. Para essa luta, vai vir uma Ariane do KSW, só que melhorada, cada vez mais técnica e com ainda mais confiança.

– Card de curitibanos no UFC 255

O foco é na minha luta, mas eu sou curitibana, tenho orgulho da minha cidade e das minhas raízes. Querendo ou não, todos os curitibanos que estão nesse card (Maurício Shogun e Jennifer Maia) vêm da mesma escola, que é a Chute Boxe. Tem isso, sim, do ‘Time Curitiba’, estou feliz por fazer parte desse card, que é muito importante para Curitiba, e tenho certeza que vamos dar show, estou torcendo para todo mundo sair com a vitória no sábado.

– Em caso de vitória, como você já está planejando seu ano de 2021?

Tudo já estava sendo planejado. Depois da vitória contra a Luana Dread, eu falei que queria entrar no ranking da categoria, a luta contra a Antonina foi exatamente o casamento e desafio que a gente queria, para mostrar que estamos preparados para estar no ranking. Como a Antonina, na última luta, perdeu para a Katlyn (Chookagian), eu vencendo muito bem no sábado, é o que vamos pedir. Quero falar que estou preparada para enfrentar uma Top 5 e o objetivo de todos é o cinturão, e eu estou me sentindo preparada para isso, confiando muito no trabalho da minha equipe. O próximo ano é Deus quem sabe, mas se depender da gente, é ir direto para o topo.

CARD COMPLETO:

UFC 255
UFC Apex, em Las Vegas (EUA)
Sábado, 21 de novembro de 2020

Card principal (0h, horário de Brasília)
Peso-mosca: Deiveson Figueiredo x Alex Perez
Peso-mosca: Valentina Shevchenko x Jennifer Maia
Peso-meio-médio: Mike Perry x Tim Means
Peso-mosca: Katlyn Chookagian x Cynthia Calvillo
Peso-meio-pesado: Maurício Shogun x Paul Craig

Card preliminar (20h30, horário de Brasília)
Peso-mosca: Brandon Moreno x Brandon Royval
Peso-mosca: Antonina Shevchenko x Ariane Lipski
Peso-meio-médio: Alan Jouban x Jared Gooden
Peso-pesado: Kyle Daukaus x Dustin Stoltzfus
Peso-meio-médio: Nicolas Dalby x Daniel Rodriguez
Peso-médio: Joaquin Buckley x Jordan Wright
Peso-meio-médio: Louis Cosce x Sasha Palatnikov

* Por Mateus Machado