Arte suave para mulheres: confira cinco dicas importantes para aquelas que estão começando a trajetória no Jiu-Jitsu

Arte suave para mulheres: confira cinco dicas importantes para aquelas que estão começando a trajetória no Jiu-Jitsu

* Quando a gente começa a treinar, é normal ter muitas dúvidas, não saber quase nada e ficar meio perdida, não é? Foi assim comigo. Só depois de um tempo que entendemos que no início é assim mesmo e todo mundo passa por isso. Então, vamos amadurecendo aos poucos.

Para muitas mulheres, o começo fica ainda mais difícil por não ter outras que ajudem nesse processo ou acolham para explicar como tudo funciona. Portanto, hoje vim trazer cinco dicas para vocês, mulheres, que estão começando no Jiu-Jitsu. Confira abaixo e deixe o seu comentário:

1- Não espere ficar preparada para começar

Essa dica, na verdade, é para quem está com aquela dúvida se começa ou não a treinar. Já vi muitas mulheres falando “quando eu emagrecer mais um pouco eu começo” ou “quando eu estiver num ritmo melhor, vou treinar”. Mas essas coisas são justamente consequência do treino. Ninguém inicia com um ritmo acelerado, com um gás que não acaba. O Jiu-Jitsu vai te ajudar tanto fisicamente quanto mentalmente.

2- Tente se juntar a outras mulheres

Muitas mulheres têm receio de começar no Jiu-Jitsu por não encontrar outras meninas ou não se identificarem tanto com o ambiente. Ainda vemos muitas academias que, infelizmente, não são acolhedoras com todos, e isso dificulta a expansão do Jiu-Jitsu para cada vez mais pessoas.

Portanto, cola com outras meninas que podem te ajudar nessa caminhada, principalmente no começo. Faz toda diferença ter mulheres unidas e que se entendem dentro do tatame. Se na sua academia não tiverem tantas meninas, ou você não for próxima das que tem, uma sugestão é encontrar algum perfil no Instagram ou comunidade para você fazer parte e se identificar. Nós, do Bjj Girls Mag, por exemplo, estamos sempre trocando experiências com várias meninas de todos os cantos. E é bom demais sentir esse apoio!

3- Atenção na vestimenta

É normal que no começo a gente não saiba muito bem o que vestir por baixo do quimono. Mas o fato é: Jiu-Jitsu é um esporte de contato e nosso quimono não fica arrumadinho o tempo todo. Para você se sentir confortável, o ideal é ir com um short de cintura alta, um top que não tenha um decote grande ou uma rashguard (lycra que usamos por baixo do quimono). Algumas meninas gostam também de usar body.

4- Só fique em um lugar que você se sinta bem

O Jiu-Jitsu é um esporte que abraça todas as pessoas, mas ainda existem academias que não botam isso em prática. Ou seja, permitem que o ambiente seja desagradável para algumas pessoas, reproduzindo machismo ou algum tipo de preconceito. Já ouvi de várias mulheres relatos de professores ou colegas de treino que fazem “piada” ou não tratam a mulher como tratam os praticantes homens de Jiu-Jitsu.

Portanto, fique só onde você se sentir bem! Não aceite desrespeito, não tolere preconceito e entenda que isso não é normal, mesmo que venha de um faixa preta. Faixa não é garantia de caráter e os graduados que querem usar sua faixa para fazer o que quiserem, não entenderam nada sobre Jiu-Jitsu! Você merece estar em uma academia que te respeite e te valorize.

5- Não se assuste com o contato

Jiu-Jitsu é um esporte de bastante contato físico. E é normal que quem está começando não se adapte logo de cara. Para as mulheres, acaba sendo mais complicado por todo o histórico que ainda existe de abuso e assédio na sociedade. Então, muitas acabam ficando inseguras. Mas como falei, fique onde você se sentir bem e uma academia séria não vai permitir que exista esse tipo de situação. Portanto, por mais que no começo você não se acostume de primeira com o contato, não desista. Logo logo você vai estar apaixonada por todo esse universo do Jiu-Jitsu. Estamos conquistando cada vez mais nosso espaço nos tatames e é incrível ver tantas meninas treinando. Precisamos continuar assim, uma ajudando a outra e nos mantendo unidas para que nenhuma fique para trás. Vamos juntas!

* Por Carolina Lopes