Artigo: 25 anos de UFC – o que esperar das próximas temporadas?

LAS VEGAS, NV - AUGUST 25: UFC lightweight champion Conor McGregor poses on the scale during his official weigh-in at T-Mobile Arena on August 25, 2017 in Las Vegas, Nevada. McGregor will meet boxer Floyd Mayweather Jr. in a super welterweight boxing match at T-Mobile Arena on August 26. (Photo by Ethan Miller/Getty Images)
Em novembro de 1993, ocorreu o primeiro torneio do UFC, e o vencedor foi um brasileiro, Royce Gracie, cuja família é conhecida pelo desenvolvimento do Jiu-Jitsu Brasileiro e será o tema de uma série da Netflix. Desde então, são cerca de 25 anos e o UFC cresceu e se consolidou como a principal organização de MMA do mundo.
No entanto, não foi só o primeiro campeonato que teve um brasileiro como destaque. Na verdade, o UFC contou com vários atletas do Brasil que conseguiram conquistar um cinturão da organização. Anderson Silva e José Aldo são os lutadores mais conhecidos do país na modalidade, mas estão longe de ser os únicos. Vitor Belfort, Lyoto Machida e Amanda Nunes são exemplos de brasileiros que fizeram e/ou fazem sucesso nos octógonos.
Atualmente, o UFC busca um balanço ideal entre lutadores midiáticos e aqueles que realmente tem habilidade. São raros os casos em que um membro é realmente bom e também sabe trabalhar no marketing das suas lutas. Como a principal fonte de renda da organização são as vendas de pay-per-view, o trabalho de promoção e divulgação dos embates deve ser intenso.
Outra possível fonte de renda são os parceiros e patrocinadores. Exemplos são as empresas que vendem suplementos e artigos esportivos, desenvolvedores de games, como a Eletronic Arts, e sites de apostas. Afinal de contas, para algumas pessoas, é essencial tentar a sorte em uma previsão antes de grandes lutas. Mesmo que você não tenha esse hábito de apostar em todas as lutas, você pode, pelo menos, arriscar um palpite usando uma oferta de bônus sem depósito, é uma maneira prática de ver como sites de aposta esportivas funcionam. Este é um grande mercado, que muitos acreditam estar vinculado apenas ao futebol, porém, em outros países, conta com grande participação de torcedores de outros esportes, incluindo Boxe e MMA.
Fala muito e joga pouco
Existem dezenas de frases feitas para aqueles que falam muito, mas, na hora de provar suas habilidades, não conseguem fazer bonito. O ditado popular mais clássico é “cão que ladra não morde”, mas existem outros. Um que surgiu nos e-sports, por exemplo, é “falador passa mal”.
No entanto, para o UFC, é essencial ter lutadores que falam muito, Chael Sonnen, por exemplo, foi essencial para que a organização crescesse. No entanto, quem acompanhou a carreira do lutador sabe que ele não era dos melhores, na verdade, das 30 lutas em sua carreira ele venceu apenas 16 e contou com um empate. Ainda assim, o lutador foi sempre um sucesso de vendas no pay-per-view, justamente por ser midiático e gostar de dar declarações polêmicas.
Lutadores como Anderson Silva e Demetrious Johnson são recordistas no UFC, mas ambos talvez não receberam tanta atenção quanto mereciam. Anderson Silva, por exemplo, não se popularizou até momento em que aplicou o famoso chute em Vitor Belfort no ano de 2011. Este é talvez o golpe mais icônico do MMA e é a razão para o aumento da popularidade do brasileiro.
São raros os casos de lutadores como Conor McGregor, que falam muito e conseguem se provar entre as oito paredes. Para se ter uma noção do sucesso do irlandês, dentre os cinco eventos que mais registraram vendas de pay-per-view, quatro são de lutas do McGregor.
Ronda Rousey e as mulheres no MMA
Uma das maiores responsáveis pela popularização das mulheres no UFC foi, sem a menor sombra de dúvidas, Ronda Rousey. A lutadora americana é uma especialista no Judô e defendeu o cinturão do UFC múltiplas vezes. A primeira derrota da americana veio na luta contra Holly Holm e, em seguida, ela também perdeu para a brasileira Amanda Nunes.
A grande contribuição de Ronda Rousey, no entanto, não veio somente na forma de vitórias e uma técnica de luta apurada. A atleta era também atriz nas horas vagas e isso aumentou significativamente a exposição das mulheres no UFC, algo essencial para que haja lucro no esporte. E Ronda não participou de filmes pequenos e sem importância. Seu currículo conta com grandes sucessos, como “Os Mercenários 3” e “Velozes e Furiosos 7”.
De um único campeonato com poucas regras que era quase um “vale-tudo” há 25 anos, aos grandes atletas das artes marciais, como Anderson Silva e Demetrius Johnson. O UFC é hoje a maior organização de MMA do mundo, resta saber o que ela fará para se manter no topo ao longo dos próximos anos.