Artigo: borderline – veja a importância dos professores de artes marciais entenderem o transtorno
Novo artigo publicado na TATAME traz todos os detalhes e explicações sobre o transtorno de borderline; veja mais detalhes
Novo artigo publicado na TATAME traz mais detalhes sobre o transtorno de borderline (Foto: Reprodução/@henriquesaraivajj)
Artigo voltado para o transtorno de personalidade borderline – Ultimamente, a busca de informações em fontes seguras tem aumentado, exatamente pelos estragos que a “Fake News” tem causado na vida das pessoas, ao ponto de dar diagnósticos sem entender do assunto.
Há duas semanas, eu ouvi um comentário pertinente, porém desastroso ao mesmo tempo: “Nossa, aquela aluna parece borderline. Não consegue conviver com ninguém. Uma hora está bem, e outra querendo bater em todos”.
Vários autores tentavam entender e classificar os sintomas pertinentes a esse estado. Caráter neurótico, mas com sintomas psicóticos? Neurose obsessiva? Por vários anos, não se sabia ao certo o significado de transtorno de personalidade borderline.
Em 1938, Adolph Stern (psicanalista) finalmente formaliza o termo borderline, referindo-se a ele como uma espécie de hemorragia mental, desencadeada por grande intolerância à frustração. Porém, ainda assim, o termo estaria mal empregado. Pois os sintomas abrangem muito mais do que dificuldades em lidar com frustrações.
Pessoas borderline são possessivas, ciumentas, manipuladoras e barraqueiras. O outro acaba se tornando a razão de suas vidas, o centro de sua total atenção. Porém, as frustrações são tantas que a relação não suporta. Vocês conhecem alguém com essas caraterísticas?
Hoje, esse diagnóstico ainda é bastante controverso e gera muitas discussões, principalmente porque o conceito de personalidade varia muito nas conceituações que apresenta.
NOTA: De acordo com o DSM-IV, o transtorno de personalidade borderline aparece no CID-10 como transtorno de Personalidade emocionalmente instável, tipo borderline. É um transtorno mental grave. Por ser de personalidade, é um transtorno de interação interpessoal, ou seja, apresenta comportamentos desviantes da norma, agindo sob a cognição (percepção de si, do outro e do mundo), o afeto e a impulsividade.
Tem como principal característica uma tendência a viver emoções de forma muito mais intensa. O termo Borderline significa limítrofe. Ou seja, no limite, na fronteira entre a neurose e a psicose. Poderíamos imaginar uma precária fronteira entre a lucidez e a insanidade.
Não existe causa específica. Fatores genéticos, familiares e sociais estão associados. Sabemos que esse transtorno é cerca de cinco vezes mais frequente entre parentes biológicos em primeiro grau também com o transtorno. Causas relacionadas podem ser de abandono na infância ou adolescência, vida familiar fragmentada, pouca comunicação na família, abuso sexual, físico ou emocional.
Os sintomas incomodam a todos, principalmente familiares. Os mais característicos são uma marcante sensibilidade à rejeição e um medo constante de abandono. A pessoa precisa alcançar as expectativas dos outros com quem relaciona, especialmente os não familiares. Faz de tudo por eles, se doa quase que completamente, para não correr o risco de ser abandonada.
Existem pessoas simpáticas, dóceis e muito agradáveis aos outros, mas que podem se comportar de maneira totalmente diferente com as pessoas de sua intimidade. Tornam-se explosivas, agressivas, intolerantes, irritáveis, com tendência a manipular pessoas.
A impulsividade é outro traço marcante. As pessoas com esse transtorno não sabem planejar. Geralmente não fazem planos. Agem de acordo com o sentimento do dia, da hora, do momento. Não pensam nas consequências de seus atos. Fazem o que querem, quando querem, e o depois acaba ficando para depois.
Muitas pessoas questionam se há cura para tal transtorno. Na verdade, na Psiquiatria, não se costuma falar de cura, mas sim em remissão de sintomas e controle de comportamentos que podem levar essas pessoas a terem novamente uma vida normal.
Referências:
- FRAIA, Ana Cristina P. – Na fronteira entre a sanidade e a lucidez, Revista Psique n° 107. Pág. 74,75.
- ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da Classificação Internacional de Doenças: Descrição Clinica e Diretrizes Diagnósticas. 10. Ed. Porto Alegre: Artes Medicas, 1993.
- KERNBERG O.F.;SELZER M.A; KOENIGSBERG H.W; CARR A.C; APPELBAUM A.H. Psicoterapia Psicodinâmica de Pacientes Bordeline. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
Quem sou eu? Mônica de Paula Silva, também conhecida como Monica Lambiasi, é graduada em Pedagogia desde 2004. Concursada pela Prefeitura de Embu Guaçu – SP, atua há 15 anos como psicopedagoga clínica, área na qual é pós-graduada desde 2006. Em 2008 concluiu pós-graduação em Didática Superior, e em 2009 concluiu pós-graduação em Educação Especial e Educação Inclusiva, em 2017 concluiu pós-graduação em neuropsicopedagoga e em 2022 concluiu pós-graduação em Jornalismo – A importância da ética no jornalismo na atualidade, publicado na Revista Evolucione, pág. 203 https://revistaevolucione.
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* Por Mônica de Paula Silva