Artigo: como é o primeiro ano na faixa-preta? Atleta conta os desafios e novidades da nova fase; confira

Artigo: como é o primeiro ano na faixa-preta? Atleta conta os desafios e novidades da nova fase; confira

* A faixa preta é uma das maiores conquistas que podemos ter no Jiu-Jitsu, é onde muita gente almeja chegar. Thiago Vicente tem 25 anos e já treina há oito, na equipe Brazil-021 School of Jiu-Jitsu, com o professor Flávio Aleluia. Em 2019, ele conquistou a tão sonhada faixa preta e contou como está sendo seu primeiro ano com essa nova responsabilidade e como a arte suave o ajuda em diversos aspectos da sua vida.

Ainda na faixa-azul, Vicente começou a auxiliar seu professor nas aulas. Além de trazer a experiência dentro do tatame ao longo do tempo, foi algo que ajudou também em sua desenvoltura e postura: “Sempre tive muita vergonha para falar em público, e essa experiência me ajudou bastante a me expressar melhor”.

Mesmo com tantos anos ajudando seu professor e dando aula, na faixa preta é diferente. Em sua primeira aula com a nova faixa, Vicente sentiu essa diferença: “Fiquei bastante nervoso, coisa que nunca tinha acontecido nas outras aulas que ministrei. Eu gaguejava, suava, não conseguia controlar isso”, revelou.

Acabou acontecendo uma situação atípica, mas foi mais um aprendizado que ele levou para sua vida. “Foi algo que nunca tinha acontecido comigo, dois alunos tinham se desentendido no treino, e juntou com a pressão, mas foi um mal que veio para o bem. Tive que colocar a minha cabeça e coração no lugar, e consegui contornar a situação e resolver da melhor forma, sem deixar que algo pior acontecesse”.

A cada graduação que passa, é notável a mudança de postura, principalmente para quem dá aulas. Não foi diferente com Vicente. “Muita coisa mudou desde que me formei faixa-preta. Hoje eu tenho o meu próprio horário para dar aula. A responsabilidade aumentou, mas eu continuo treinando e me capacitando mais”.

Competições

Vicente compete desde a faixa-branca e logo que começou no Jiu-Jitsu, foi algo que despertou seu interesse. As faixas coloridas, às vezes, costumam ter mais gente, mas na faixa-preta o nível aumenta, principalmente por ter pessoas mais experientes. Sem falar que o tempo de luta muda e, com isso, a estratégia também.

“Hoje tenho menos lutas, mas o nível está alto. Nem todas as lutas conseguimos finalizar e ter que fazer uma luta dura por dez minutos é desgastante. O ideal é trabalhar bastante as finalizações e ir em busca delas”.

Na faixa-preta, em federações como a IBJJF e CBJJ, é preciso pontuar para disputar os maiores campeonatos, mais um desafio que surge com a nova faixa. Vicente comentou que pretende estar entre os melhores: “É bastante desafiador, estou treinando e me planejando para lutar os maiores campeonatos. Esse esquema separa os meninos dos homens, e eu quero estar entre os maiores do esporte”, afirmou o atleta, que vai correr o circuito da CBJJ e da FJJD-Rio e seus próximos campeonatos serão o Rio Open e o Troféu Rio.

* Por Carolina Lopes