Artigo: como a mentira pode trazer ‘prejuízos’ na relação entre professor, aluno e famílias; confira
Novo artigo publicado na TATAME fala sobre como a mentira pode acarretar em problemas no ambiente das artes marciais

Novo artigo publicado na TATAME fala sobre como a mentira pode acarretar em problemas no ambiente das artes marciais (Foto: Reprodução/@henriquesaraivajj)
Mentir é um comportamento muito mais corriqueiro do que imaginamos em humanos. Além da mentira para enganar os outros, existem variadas formas de autoengano, um tipo de mentira em que a pessoa engana a si mesma, declarando não ter conhecimento de uma informação, embora o seu comportamento revele o contrário. Ou seja, humanos mentem para os outros, mas, também, mentem para si mesmos.
“Quem cresce em um ambiente que favorece a mentira se torna o mentiroso”, Gutemberg de Macedo.
Em 2011, Pamela Meyer lançou o livro “Detectando Mentiras”, no qual ensina a identificar desonestidades e revela números surpreendentes, como o fato de pessoas mentirem 200 vezes por dia. A mentira mais comum é a omissão, e os líderes tendem a mentir mais e de forma mais persistente, diz a autora.
Pesquisadores comprovam que os ancestrais mentiam quando não conseguiam alcançar os objetivos por meio da força física, ou seja, sempre que não encontravam a satisfação das necessidades por meio da brutalidade, recorriam às técnicas de manipulação e trapaça para fazer as vontades pessoais.
A mentira, então, era um recurso importante para que os ancestrais se protegessem de ameaças externas. Para saírem vitoriosos de uma caça, por exemplo, era necessário que criassem estratégias que levassem o adversário ao engano. Como nós aprendemos por observação, ao se deparar com resultados e conquistas de outros advindos pela mentira, ele vai incorporando e perpetuando essa prática, tornando-a como natural nas relações.
Mentir também é um comportamento adaptativo em ambientes atuais e acaba sendo um componente central de nossas interações sociais, em certa medida. Despistar as intenções, esconder certas informações ou persuadir fazem parte do jogo social de pessoas saudáveis.
Porém, enganar e criar expectativas na vida de alguém através de mentiras pode ser considerado um ato cruel, como aconteceu com o aluno Rafael, de 16 anos, praticante de Jiu-Jitsu, ao confiar em seu mestre durante a organização de um campeonato, onde seu professor teria dito que Rafael iria participar, propondo-se a fazer sua inscrição e pagando por ela.
Rafael estava fazendo planos, treinando oito horas por dia e extremamente empolgado e feliz. Foi quando presenciou uma conversa entre professores e descobriu que tudo não passou de uma grande mentira. Seu mestre o enganou, acarretando em sérios problemas emocionais, pois a tristeza e a decepção de Rafael foram tão dolorosas que precisou procurar ajuda psicológica.
Rafael tinha o seu mestre como um ídolo e um homem honesto. Foi quando essa imagem desabou diante dos seus olhos, causando desconfortos diante de toda equipe de profissionais da academia e conflitos entre as famílias, que, a partir daquele episódio, todos começaram a desacreditar do profissionalismo do tal mestre.
Diante desse fato ocorrido, a mentira destrói aquilo que é mais importante para a vida em sociedade em todas as esferas (profissionais, família e alunos): a confiança. Quando descoberta a mentira, e isso é questão de tempo, pois mais cedo ou mais tarde a verdade aparece, os danos nas relações interpessoais são irreversíveis e aquilo que antes era sucesso, passa a ser uma derrota irreparável.
Infelizmente, muitas pessoas acreditam que a mentira é algo normal e que irá ficar tudo bem. Às vezes demora um pouco, mas uma hora a verdade vem à tona e estabelecer a confiança novamente talvez seja algo impossível para algumas pessoas. Fica a reflexão.
Referências
- CALLEGARO, Marco – Sutilezas da Mentira – Revista Psique n°108, pag. 53.
- Site Recomendável Site: https://onorte.net/opiniao/artigos/os-danos-da-mentira-nas-relac-es-profissionais-1.1008678 Os danos da mentira nas relações profissionais, acesso no dia 25 de Abril às 13:31h.
Quem sou eu? Mônica de Paula Silva, também conhecida como Monica Lambiasi, é graduada em Pedagogia desde 2004. Concursada pela Prefeitura de Embu Guaçu – SP, atua há 15 anos como psicopedagoga clínica, área na qual é pós-graduada desde 2006. Em 2008 concluiu pós-graduação em Didática Superior, e em 2009 concluiu pós-graduação em Educação Especial e Educação Inclusiva, em 2017 concluiu pós-graduação em neuropsicopedagoga e em 2022 concluiu pós-graduação em Jornalismo – A importância da ética no jornalismo na atualidade, publicado na Revista Evolucione, pág. 203 https://revistaevolucione.
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* Por Mônica de Paula Silva