Artigo: quais critérios o professor de Jiu-Jitsu deve avaliar na hora de graduar um aluno? Leia e opine

Em novo artigo publicado na TATAME, confira quais devem ser os critérios do professor de Jiu-Jitsu no momento de graduar seu aluno

Artigo: quais critérios o professor de Jiu-Jitsu deve avaliar na hora de graduar um aluno? Leia e opine

* Fim de ano chegando e, como de costume no Jiu-Jitsu, é hora da graduação. Quando falamos desse tema, tratamos de reconhecer a evolução individual de cada aluno, seja pela troca de faixa ou pelo simples recebimento de um ou mais graus. É um momento bastante especial e esperado por boa parte dos praticantes, assim como dos professores.

Durante a minha trajetória como aluno de Jiu-Jitsu, sempre imaginei como seria graduar alguém. Sempre pensei o quão gratificante deveria ser amarrar uma faixa na cintura de um aluno. Mas, ao virar professor, confesso que, no início, senti alguns medos, porque eu sempre achei que a avaliação para uma graduação deveria ser individual, pois se eu criasse um parâmetro específico, talvez a maioria de meus alunos não atingissem o objetivo esperado.

Então comecei a analisar a batalha individual de cada um, já que se eu adotasse exclusivamente um parâmetro específico, precisaria ter vários alunos com um mesmo perfil para que isso funcionasse. 

No Jiu-Jitsu, existe praticante que sonha em ser competidor profissional, tem praticante que pensa em competir esporadicamente e tem outros que pensam em praticar o Jiu-Jitsu apenas para aliviar o estresse diário, por questões de saúde ou para adentrar em novos círculos de amizade. Então, daí surge a problemática de graduar alguém que talvez não esteja preparado, e isso acabar frustrando o aluno, porque delegar uma responsabilidade a quem não tenha a capacidade de fazê-la gera problemas futuros. 

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Mas há também aqueles que acordam e correm atrás para garantir a capacidade de tamanha responsabilidade. E assim chegamos a um denominador comum, avaliando individualmente cada aluno, com suas lutas diárias, responsabilidades, limitações físicas, entre outros fatores.  

A graduação de um aluno nada mais é do que o reconhecimento do esforço individual, pois como já falei anteriormente, cada um tem seu limite. É importante também que o aluno esteja preparado psicologicamente para aceitar alguns percalços na nova jornada, pois nem sempre é bem digerido quando você toma uma finalização de um colega de treino de graduação inferior. Isso tem que estar bem claro que, por diversas vezes, irá acontecer e isso jamais desmerecer o aluno. 

Ele precisa apenas entender que, naquele momento, o seu colega de treino foi melhor e que ele sempre terá uma outra chance de se corrigir visando evitar novos erros. Segurar uma graduação não é fácil. Exige mais maturidade psicológica do que resultado em um combate propriamente dito. Jiu-Jitsu é mais do que finalização e vencer lutas. Isso precisa mudar, precisa ser ensinado. 

Talvez, com essa mudança, consigamos diminuir o abandono de praticantes que atingem a faixa azul, maior percentual de abandono da arte suave. Estamos em constante mudança. Evoluir e se adaptar nunca esteve tão em alta.

  • Texto por Bruno Carvalho
Artigo publicado na TATAME fala sobre a graduação aos alunos nas academias de Jiu-Jitsu (Foto: Reprodução)

Artigo fala sobre a graduação de fim de ano no Jiu-Jitsu (Foto reprodução)