Artista brasileiro customiza tênis para Deiveson antes do UFC 263: ‘Um dos mais difíceis que eu já fiz’

Artista brasileiro customiza tênis para Deiveson antes do UFC 263: ‘Um dos mais difíceis que eu já fiz’

Neste sábado (12), o brasileiro Deiveson Figueiredo vai mais uma vez defender o cinturão peso-mosca do Ultimate, diante de Brandon Moreno, no Arizona (EUA), pelo UFC 263. Um dos fãs que estarão de olho na torcida pelo paraense é o artista brasileiro Sancler Julio de Paula, conhecido como Sancler Graffit. Ele presenteou o “Deus da Guerra” com um par de tênis totalmente customizado e personalizado. Além disso, já projeta um novo triunfo e a manutenção do título. Atualmente morando no Japão, Sancler já confeccionou pinturas nos calçados para diversas celebridades, entre elas o ex-campeão dos médios Anderson Silva.

Nascido em Mogi das Cruzes, no interior de São Paulo, Sancler é um aerografista especializado em personalização e customização de tênis, automóveis, motos e capacetes. Desde 2005 morando em Hamamatsu, localizada na província de Shizuoka, no Japão, ele refinou sua habilidade no aerografismo e, nos últimos anos, passou a customizar tênis, um mercado promissor. O paulista tem feito sucesso e, no próximo dia 23 de junho, será o único brasileiro a participar de uma mega exposição do Museu de Tóquio. Para a arte nos tênis do campeão Deiveson, Sancler revela como foi o contato inicial e o processo de criação.

“Ele me procurou para fazer um tênis porque ficou apaixonado pela arte fiz para a Poliana Botelho, também lutadora do UFC. Pesquisei sobre a vida dele, assisti aos vídeos, é uma história de vida incrível. Sempre que faço um tênis tento me imaginar na vida da pessoa para me inspirar. Quero que a pessoa que veja o tênis no pé dela repare que a arte tem a ver com o dono. De um lado coloquei o Kratos, do outro pintei uma cena do Deiveson lutando pelo cinturão do UFC. Juntei o apelido de Deus da Guerra com a luta dele no UFC. Ele gostou pra caramba, ficou felizão”, afirma Sancler, para completar sobre as dificuldades do processo de criação.

“Ele não escolheu exatamente o que queria, me deixou à vontade. A minha preocupação era impactá-lo. Essa é a coisa mais difícil, porque tem o risco de o cara não gostar. Ele deu dicas, mas não falou o que queria especificamente. Ele gostou bastante, ainda bem (risos). O tênis não tem superfície lisa, tem a costura, é um desafio para customizar. A imagem do Deiveson foi mais difícil porque tem mais detalhe, baseado em uma foto real, com a musculatura do corpo. E ainda tinha a parte do octógono, porque tenho que fazer devagarzinho cada buraco para ficar o mais perfeito possível. Foi um dos tênis mais difíceis que eu já fiz”.

E para a luta deste sábado, o artista garante que estará de olho na televisão, mesmo com as dificuldades do fuso horário, para torcer por Deiveson. “Eu o via lutar mesmo antes de ele conquistar o cinturão, mas virei ainda mais fã depois de conversar com ele. Ele sempre fala comigo do tênis. Vou assistir à luta dele com certeza, já estou empolgado. O Deiveson treina muito, é dedicado, trabalha duro. Teve uma vida difícil. Eu acho que ele vai nocautear. Só é uma pena que não dá para ele usar o tênis dentro do octógono (risos)”.