Barral projeta luta pelo F2W 152 e comenta duelo com Serginho no BJJ Stars: ‘Nossos caminhos estão se cruzando de novo’
O multicampeão Romulo Barral está de volta ao cenário competitivo do Jiu-Jitsu, embalado pela recente vitória sobre Tanner Rice na edição 150 do Fight To Win, no último mês de agosto. Nesta sexta-feira (18), o faixa-preta da Gracie Barra encara Gabriel Almeida no F2W 152, em Dallas, no Texas (EUA).
Em bate-papo com a TATAME, o pentacampeão mundial projetou o combate contra o faixa-preta da CheckMat, que participou do GP absoluto do Third Coast Grappling no último fim de semana e parou na semifinal ao ser derrotado por Roberto Jimenez.
“Gabriel é um dos atletas que estão mais ativos no momento, tem lutado tudo. Ele já lutou com Xande Ribeiro, Roberto Jimenez, o meu aluno (Fellipe Trovo), Manuel Ribamar, entre outros. Deu para acompanhar bastante, é um cara bem completo. Ele joga bem por cima e tem uma guarda boa, gosta de atacar chaves de pé também. O ponto mais forte para evitar nessa luta são as chaves de pé, finalização que os atletas gostam de usar na regra do F2W e que gostam bastante nos olhos dos juízes. Tem que tomar cuidado com isso”, projetou Barral.
Além da análise do confronto contra Gabriel pelo F2W, Romulo também comentou sobre o que fez retornar aos tatames, as regras do Fight To Win e, claro, da superluta programada para o dia 14 de novembro com Serginho Moraes, pelo BJJ Stars, no Brasil.
Confira abaixo outros trechos da entrevista com Barral:
– Motivo de retornar aos tatames
Eu tinha feito algumas lutas casadas sem quimono, fiquei mais focado no sem quimono. Estava sem lutar de quimono quase dois anos, mas neste ano eu já tinha planos de fazer lutas de quimono e achei que não iria acontecer. Quando os eventos voltaram, eu já estava treinando, então, decidi me desafiar mais uma vez e colocar meu nome nessa festa aí também. Eu não quero parar quando eu estiver me sentindo bem, eu quero parar quando eu achar que não consigo lutar bem. Mas enquanto eu achar que estou lutando bem com qualquer atleta, de qualquer idade, treinando bem com meus alunos, eu vou continuar com certeza.
– Opinião sobre as regras do F2W
Eu fiz uma luta e tive dificuldades de me adaptar a regra, não me arrisquei muito no decorrer da luta, principalmente, no final. É uma regra bem diferente pelo fato de que são ataques de finalização. Mas tem muito ataque que os atletas fazem somente para ficar no olho do juiz ali, que parecem que eles estão atacando algum golpe. Então, deixar na mão do juiz é bem difícil pelo fato de que você não sabe como o juiz vai interpretar a finalização de cada um. Acho melhor tentar fazer o máximo para conseguir finalizar a luta e não ficar dependendo dos juízes, depois achar que você ganhou e você perdeu.
– Duelo contra Serginho Moraes
É, vou voltar a lutar no Brasil. Minha última luta no meu país foi em 2018, acredito que foi pelo ACB (vitória sobre Arnaldo Maidana, em São Paulo). Vou lutar contra um grande atleta, que é o Sérgio Moraes. Eu lutei com o Moraes a final do Mundial em 2011 e eu perdi. Foi uma luta bem amarrada na 50/50, quase que nós dois fomos desclassificados e, no final, quando os juízes mandaram a gente voltar em pé, acredito que o Serginho conseguiu me puxar e me raspar. Ganhou a luta de 2 a 0. Agora nossos caminhos estão se cruzando novamente. Serginho foi para o MMA, ficou um tempo no MMA e agora fez uma luta no BJJ Stars. Eu já estou um tempo conversando com o Fepa Lopes (idealizador do BJJ Stars) para fazer uma luta lá, lógico que tinha que ser uma luta interessante e legal. Com certeza tenho um grande respeito pelo Serginho, grande atleta e tem grande história no Jiu-Jitsu. Ele é um representante da arte suave no MMA. Aceitei o desafio e estou feliz de lutar para o povo brasileiro.