Bate-Estaca relembra ‘frustração’ em começo de luta com Tecia e comenta sobre recorde: ‘Legado para os fãs’

Bate-Estaca relembra ‘frustração’ em começo de luta com Tecia e comenta sobre recorde: ‘Legado para os fãs’

Por Yago Rédua

No último dia 24 de fevereiro, na Flórida (EUA), Jéssica Bate-Estaca voltou ao octógono para encarar Tecia Torres. A brasileira teve dificuldades no primeiro round, assim como na luta contra Claudinha Gadelha, mas se recuperou e levou a melhor por decisão unânime dos jurados. Em entrevista à TATAME, a lutadora contou que se “frustrou” um pouco no começo do combate ao não conectar os golpes, mas buscou outra estratégia e teve êxito.

“Eu tenho que mudar isso, porque está ficando muito manjando (risos). Acho que no começo, eu me perdi um pouco. Eu sabia do estilo de luta dela, mas na prática é diferente da teoria. No começo, ela trabalhou melhor a parte da trocação, eu me frustrei na parte que não conseguia acertar os golpes. Mas, graças a Deus, consegui colocá-la para baixo e não tive dificuldade. Trabalhei o ground and pound, a parte de queda… Eu tenho muita força e quando agarro mão com mão, já era (risos). No começo do round, foi bem diferente. Imaginei que fosse fazer uma luta melhor. Graças a Deus, deu tempo de mudar a estratégia e sair vencedora, que é o mais importante no fim das contas”, contou Jéssica.

A lutadora da PRVT também falou sobre a vitória servir como “resposta” para sua equipe, após toda a polêmica envolvendo o treinador Gilliard Paraná e Priscila Pedrita no UFC Belém, no começo de fevereiro, durante a luta com Valentina Shevchenko, e comentou a marca histórica de ser a mulher com mais vitórias conquistadas dentro do Ultimate.

Confira abaixo a entrevista com Jéssica Bate-Estaca:

– Resposta após polêmica com a PRVT

Eu consegui mostrar para todos que o ocorrido com a (Priscila) Predita foi uma fatalidade, da lesão no começo do round. Isso atrapalhou muito a luta dela, ela não teve como mostrar os resultados da luta e tudo mais. Ela, com a lesão, não conseguiu mostrar o que tinha treinado. Não foi erro de ninguém. Ela bebe da mesma água que eu todos os dias. Eu consegui entrar lá dentro e mostrar o bom trabalho do meu Mestre Paraná e da equipe (PRVT Girls). Veio a vitória para mostrar para todos, que a nossa equipe é uma das melhores do mundo. Agora, quando ela tiver recuperada, vai mostrar todo o potencial.

– Crescimento técnico da equipe

O treino da PRVT tem melhorado cada vez mais, temos um grande arsenal de meninas para treinar. Sempre tem uma menina com o jogo parecido de alguma adversária e uso muito isso para chegar o melhor nas lutas. Sei que tenho que ser melhor do que as meninas. Isso me faz melhorar cada vez mais na parte técnica, na trocação. Sempre estou muito bem. Tudo o que eu aprendi de luta, foi com o Mestre Paraná. Entrei no UFC cedo e fui aprendendo muito. Hoje a PRVT Girls é um dos maiores times femininos que existe.

– Marcas históricas dentro do Ultimate

Até eu assisti à reprise da minha luta, eu não tinha noção de ser a que mais venceu entre as mulheres. Eu fui para a luta com se fosse outra luta, para ter que vencer e lutar pelo cinturão. Foi muito legal saber disso. Na minha carreira, eu venho fazendo história em muitas coisas. Primeira brasileira a subir no octógono, a primeira luta de homossexuais no UFC, mais golpes dados em um round, entre outros tópicos. Venho fazendo história há muito tempo e é um legado que queiro deixar para o pessoal da minha equipe e os fãs.