Bia Mesquita revela foco total no ADCC 2017 em busca de título inédito: ‘Quero muito esse ouro’

Bia Mesquita revela foco total no ADCC 2017 em busca de título inédito: ‘Quero muito esse ouro’

Bia Mesquita é uma das favoritas na disputa da categoria até 60 kg no ADCC 2017 (Foto: IBJJF)

Por Diogo Santarém

Considerada uma das principais atletas do Jiu-Jitsu feminino, com títulos de grande expressão conquistados em sua carreira na modalidade, Bia Mesquita vem com uma motivação ainda maior para a disputa do ADCC 2017, que será realizado neste final de semana (dias 23 e 24), em Espoo, na Finlândia. Isto porque a fera da Gracie Humaitá não possui a conquista do maior campeonato de luta agarrada do mundo em seu currículo.

No ADCC 2015, realizado em São Paulo, Bia foi eliminada na semifinal por Mackenzie Dern, que viria a ser campeã da categoria até 60kg, ao derrotar Michelle Nicolini na final. Agora, Mesquita terá a chance de reescrever sua história na busca pela medalha de ouro. Em entrevista exclusiva à TATAME, a faixa-preta falou de todo o seu foco e preparação.

“Eu quero muito esse título, estou muito focada e me dediquei 100% para conquistar esse sonho. A vitória será consequência de todo sacrifício e esforço”, disse a lutadora.

Confira a entrevista completa com Bia Mesquita:

– Preparação para a disputa do ADCC 2017 

Na verdade, minha preparação começou logo após o Mundial, quando fui lutar o Grappling Pro, em Miami. Fui para o Brasil por três semanas, mas continuei o treino sem quimono. Agora, fiquei um mês treinando em San Diego (nos EUA) com a Letty (Letícia Ribeiro) e o Morango (Fabrício Camões), para finalizar os ajustes. Estou mais do que pronta!

– Dia a dia de treinos até a semana do evento

Treinei duas vezes sem quimono e mais a preparação física, entre crossfit, yoga e ginástica, todos os dias, de segunda a sábado. No domingo, seminários e descanso para o meu corpo, porque descanso é também parte essencial do treinamento, com uma dieta equilibrada para chegar no peso também. Tudo foi bem coordenado e planejado.

– Vontade de vencer o ADCC, título que não possui

Realmente, isso (fato de ainda não ter vencido o ADCC) me deixa com aquele frio na barriga, não tem como negar… Mas, melhor que isso, é a vontade de vencer que cresce dentro de mim. Eu quero muito esse título, estou muito focada e me dediquei 100% para conquistar esse sonho. A vitória será consequência de todo meu sacrifício e esforço.

– Erros e aprendizados após o ADCC 2015

Como eu disse, na última edição, eu errei na parte da regra e isso, com certeza, não vai se repetir. Acho que na última edição eu estava muito bem treinada, mas não cheguei 100%, pois a regra é parte fundamental. Vacilei e aprendi, algo que não vai acontecer de novo.

– Análise das adversárias na categoria até 60kg

Com certeza, vai ser um título muito bem disputado, com campeãs de edições anteriores, como no caso da Mackenzie Dern e da Michelle Nicolini, além das novatas na faixa preta, que tem a vontade de conquistar seu espaço. Então, não tenho dúvidas de que isso vai trazer ainda mais peso na vitória. Vou com tudo atrás desse título.

Bia Mesquita fez preparação com Fabrício Camões para a disputa do ADCC (Foto: Reprodução)

Bia Mesquita fez preparação com Fabrício Camões para a disputa do ADCC 2017 (Foto reprodução)

– Possível reencontro com Mackenzie Dern no ADCC

Lutar com a Mackenzie de novo é algo que pode acontecer, por sermos da mesma equipe e eles colocarem para lutar antes da final. Mas não é uma coisa que eu faça questão de acontecer. Até porque, depois do ADCC, já lutamos de quimono. A derrota em 2015 vejo como erro meu, mas ficou no passado. Agora é escrever novos capítulos.

– Mackenzie e Nicolini mais focadas no MMA pode ajudar

Acho que tanto a Nicolini como a Mackenzie são atletas profissionais e possuem experiência em periodizar os treinos, focar no mais importante. Deve ser difícil consolidar entre dois esportes profissionalmente, e se isso for uma desvantagem para elas, eu vou aproveitar.

– Adaptação durante sua chegada na Finlândia

Eu cheguei aqui na Finlândia e não está tão frio, mas o fuso horário é difícil (risos). Ainda não pesquisei nada sobre o lugar, o país em si. Estou tão focada nesse título que nem me atentei ao fato de estar em um lugar diferente. Mas ainda dá tempo de ‘turistar’ na segunda-feira, antes do meu voo de volta (risos). Quem sabe, com a medalha de ouro.