Bicampeã mundial de Jiu-Jitsu revela uso de drogas na infância: ‘Maconha era o de menos’

Anna Rodrigues relembrou como o Jiu-Jitsu salvou a sua vida, após ter contato direto com as drogas ainda na infância no Rio de Janeiro

Bicampeã mundial de Jiu-Jitsu revela uso de drogas na infância: ‘Maconha era o de menos’

Bicampeã mundial de Jiu-Jitsu comentou sobre a sua infância (Foto: Reprodução)

* A bicampeã mundial Anna Rodrigues participou recentemente do podcast “Connect Cast”. Durante a participação, a faixa-preta de Jiu-Jitsu contou um pouco sobre sua infância, suas origens e as dificuldades da sua vida. A atleta, que viveu em comunidades da Zona Norte e Oeste do Rio, comentou que conheceu a arte suave aos 13 anos, onde se encantou pelo esporte e passou a exergar os atletas como “super-heróis”.

A estrela do Jiu-Jitsu contou que seu primeiro professor disse a sua mãe, na aula inicial, que não era para tirá-la do esporte, pois ela tinha um grande futuro nos tatames. Campeã do World Pro, Anna também relembrou como foi seu contato, logo aos 8 anos, com as drogas durante sua época de colégio.

“Minha família era muito pobre, meu pai queria que eu fizesse faculdade, mas a escola em que eu estudava não me dava a menor vontade de fazer faculdade. Eu ia para a escola e o pessoal estava usando droga. E era algo que fazia parte da minha realidade, eu também já usei quando era criança. Maconha era o de menos na época, tive experiências horríveis, mas que na época eram normais para mim. O Jiu-Jitsu salvou a minha vida de um modo geral e me ensinou a ter disciplina, eu era uma pessoa mal-educada. Eu sempre fui sincera, porém, em muitos casos, a sinceridade é encarada como falta de educação ou arrogância”, afirmou a faixa-preta da Dream Art.

Em publicação no seu Instagram, onde aparece com um cinturão e uma medalha de ouro, a atleta que foi criada na comunidade de Rio das Pedras, no Rio, colocou na legenda uma mensagem de motivação para os seguidores: “A foto com cinturão só prova que não importa de onde você veio, mas sim a sua força de vontade e o principal ‘saber onde quer chegar’. Hoje tenho todos os maiores títulos do Jiu-JItsu com quimono e acúmulo um incrível patrimônio, também ajudo minha família e sou peça importante na equipe onde ajudei a construir desde o início, que por sinal é atual campeã mundial”, escreveu a campeã.

  • Por Matias Gomes
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