Brasileiro de Jiu-Jitsu, UFC 250 em São Paulo e mais: qual o impacto econômico do cancelamento dos eventos de luta?

Brasileiro de Jiu-Jitsu, UFC 250 em São Paulo e mais: qual o impacto econômico do cancelamento dos eventos de luta?

Um dos países mais afetados pela pandemia do novo coronavírus, o Brasil já registra quase 300 mil casos confirmados e 20 mil mortes, números que causam não só apreensão, mas também um grande impacto, principalmente econômico. No mundo da luta, com as academias de artes marciais em sua maioria fechadas e os eventos suspensos ou adiados, diversos atletas, professores, empresários e demais profissionais vêm passando por dificuldades, sem uma fonte renda. A IQ Option, por sinal, surge como uma alternativa nesse sentido.

Para se ter uma ideia do tamanho da crise desencadeada pelo coronavírus, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro pode cair 7,7% em 2020, segundo dados do site Exame. Além da queda brusca, o dólar caminha para além dos R$ 6, os pedidos de seguro-desemprego aumentaram 39%, a produção industrial encolheu 9,1% em março e, em números gerais, o custo global da pandemia pode chegar a US$ 8.8 trilhões.

No Brasil, os principais eventos de luta cancelados foram o Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu da CBJJ, que seria realizado entre o fim de abril e início de maio em Barueri (SP), e o UFC 250, que estava marcado para o dia 9 de maio, também em São Paulo, porém mudou de data e local após o Ginásio do Ibirapuera – palco do evento – ser transformado em um hospital de campanha no combate ao coronavírus.

Maior campeonato de Jiu-Jitsu do mundo em número de inscritos, o Brasileiro reuniu 7.589 competidores em 2019, um recorde na história do torneio. Com ticket médio de inscrição de 167 reais, o valor arrecadado foi de aproximadamente R$ 1.2 milhão, sendo 150 mil distribuídos entre os campeões do adulto faixa-preta.

“A não realização do Brasileiro é uma perda muito grande, porque é o maior evento da modalidade, e de uns quatro/cinco anos para cá vem ganhando representatividade e gerava um percentual muito grande na questão comercial, de marketing, divulgação e exposição dos atletas. É um campeonato que antecede o Mundial e muitos outros campeonatos importantes, então acaba sendo uma perda enorme pra gente, mas não temos muito o que fazer”, lamentou Geraldo Marra, responsável pela KEIKO Sports.

“Foi um prejuízo muito grande, em todos os sentidos e em diversos setores, não só para as ‘fightwears’, mas também para o pessoal que comprou passagem de avião, reservou hotel para se hospedar, visando competir, as pessoas que se prepararam e se programaram com meses de antecedência e receberam esse duro golpe. É uma pena, uma fatalidade, porque não é culpa de ninguém, da Confederação, das equipes e dos atletas, a culpa é dessa pandemia”, opinou Fabiano Marinho, representante da Prime Esportes.