Brasileiro ex-UFC aplica nocaute ‘relâmpago’ e ganha moral no KSW: ‘Eles estão me valorizando muito’
Wagner Caldeirão mandou mais um adversário para a lona. A vítima da vez foi o polonês Lucasz Parobiec, no último final de semana, em Londres, pela 45ª edição do evento europeu KSW. Embora tenha liquidado a fatura em apenas 41 segundos, com um cruzado de direita, a missão foi mais complicada do que parece. Isso porque o brasileiro teve o adversário e a categoria da luta alterados a dois dias do evento, em um grande mudança.
“Cheguei na quinta-feira, 17h30 da tarde, faltando só 2kg para desidratar. Entrei no evento, eles me chamaram no escritório para conversar. Na hora, eu fiquei irritado com meu adversário (o sueco Max Nunes) pela patifaria que ele fez de não entregar os exames. Só que me deram outro adversário, aí eu pensei: eu vou ser o campeão desse evento, e o campeão não vai perder para ninguém. Depois, eu soube que o novo adversário era da categoria de cima. Mas eu estava tão confiante que eu aceitei. Conversei com meus treinadores, eles me deram todo o suporte, avaliaram o adversário, treinei dois dias e deu certo. Era um adversário destro e esguio, e mudou para um canhoto e bem mais pesado do que eu, mas venho perseguindo o nocaute nas minhas últimas lutas e dessa vez não foi diferente”, explicou o atleta da MTK Global, atualmente aos 31 anos de idade.
Foi o segundo nocaute aplicado por Caldeirão no KSW. O primeiro foi em junho deste ano, em sua estreia pela organização. Confiante de que será campeão, ele prefere não queimar etapas e se coloca à disposição da companhia para lutar já no próximo card, em dezembro.
“O próximo passo eu ainda não sei, mas minha cabeça está voltada para ser campeão. Não sei o que a organização tem para mim agora, adianto que gostei de lutar nos pesos pesados e estou aberto para todas as oportunidades, se vier o cinturão ou então mais um desafio nos pesados. Deus ajuda quem cedo madruga e eu estou madrugando para treinar todos os dias. Vou me manter com 105kg e treinado. Se cair alguém, eu estarei pronto”.
Apesar de pregar tranquilidade para subir um degrau de cada vez, o atleta da equipe curitibana Evolução Thai não esconde a empolgação pelo feedback que vem recebendo do evento, o que pode lhe impulsionar a ser uma de suas estrelas da organização polonesa.
“A galera do evento ficou muito feliz pelo nocaute, tanto que até agora já colocaram o vídeo umas três ou quatro vezes nas redes sociais deles e estão me chamando de ‘bombardeiro brasileiro’, porque das minhas 15 vitórias, 14 foram por nocaute. Eles estão me valorizando muito e isso me deixa muito contente, com certeza”, finalizou Wagner.