Braulio analisa seu papel no ACB JJ e prevê grande futuro: ‘Carro-chefe do Jiu-Jitsu profissional’; saiba mais
Por Diogo Santarém
Campeão de tudo dentro dos tatames, o experiente Braulio Estima começa a se aventurar em outras áreas relacionadas ao Jiu-Jitsu. Além de comandar a Gracie Barra – Birmingham, na Inglaterra, o brasileiro vem atuando nos bastidores como um dos representantes – e responsáveis pela expansão – do ACB Jiu-Jitsu (Absolute Championship Berkut).
Em entrevista exclusiva à TATAME, Braulio contou como conheceu Mairbek Khasiev – dono do evento -, sua relação com o empresário checheno, qual papel exerce dentro da organização e ainda o que espera do ACB Jiu-Jitsu em um futuro próximo no esporte.
“O conceito do ACB Jiu-Jitsu é bem diferente. É parecido com o formato dos maiores eventos de MMA, mas adaptado ao Jiu-Jitsu. São três rounds de cinco minutos, com as finais em cinco rounds. Estamos só começando! Ano que vem, em 2018, estamos planejando no mínimo nove eventos mundo afora. Eu vejo o ACB como o carro-chefe do Jiu-Jitsu profissional”, projetou o faixa-preta, que vem atuando à frente dos eventos na Europa e América do Sul, e esteve presente no último, realizado em setembro, no Rio de Janeiro, e que consagrou Marcio André e Josh Hinger na estreia da organização no Brasil.
Confira a entrevista com Braulio Estima na íntegra:
– Primeiro contato com o Mairbek, dono do Berkut
Eu conheci o Mairbek no Berkut 3 (atual ACB Jiu-Jitsu), onde fui convidado do evento e terminou que fui comentarista de última hora. Seis meses depois, ele me chamou para fazer um camp na academia central dele, em Grózni (capital da Chechênia). Então, tive a oportunidade de conhecê-lo mais e entender o ideal dele. Para se ter uma ideia, ele é um cara muito respeitado no país dele. Porém, mesmo assim, fez questão de dirigir 4h pra me pegar pessoalmente no Daguestão. Vi ali a humildade dele. Já no caminho de volta falamos bastante, inclusive de coisas que estão acontecendo agora. Nos demos muito bem.
– Evolução do contato para um papel na organização
Desde aquela conversa no carro nós vínhamos fazendo um brainstorming sobre a direção que o ACB Jiu-Jitsu deveria tomar. Ele tem uma visão muito boa, e ele faz porque ama o esporte, é praticante, faixa-marrom. Treina todos os dias e é muito duro. Então, três meses atrás fui contratado para estar à frente dos eventos na Europa e América Latina. Fiquei bem honrado pelo convite e pela confiança que me deram. Nós sempre conversamos sobre expandir o território, levar o show a mais lugares. É um formato único e inovador, bem intenso, e o público brasileiro ainda não tinha visto ao vivo.
– Conceito do ACB Jiu-Jitsu e planos para o ano que vem
O conceito do ACB Jiu-Jitsu é bem diferente. É parecido com o formato dos maiores eventos de MMA, mas adaptado ao Jiu-Jitsu. São três rounds de cinco minutos, com as finais em cinco rounds. Ano que vem, em 2018, estamos planejando no mínimo nove eventos mundo afora. Eu vejo o ACB como o carro-chefe do Jiu-Jitsu profissional.
– Formato dos confrontos e valorização na premiação
Eu adoro a forma (dos duelos), como lutador e como telespectador. A luta fica bem mais movimentada e os atletas se soltam mais. E quando não existe a finalização, no decorrer dos rounds, existe a chance de melhorar sua estratégia. Por isso, eu acho bem interessante acompanhar como cada um volta de um round para o outro, muito bacana. A premiação também é bem justa. Todos atletas já entram ganhando mesmo que percam suas lutas, e ainda existem os bônus. Para a realidade do Jiu-Jitsu, é uma premiação bem generosa.
– Crescimento do Jiu-Jitsu em países do Leste europeu
Os países do Leste europeu têm uma tradição de luta muito forte no Sambo, Wrestling, Judô, etc… Agora, o Jiu-Jitsu também vem crescendo forte em Moscou, na Chechênia. De uns cinco anos pra cá, surgiram muitos atletas duríssimos dessa região. E pelo que eu venho acompanhando, muitos novos talentos vão brotar. Com esse intercâmbio com lutadores de alto nível compartilhando seus conhecimentos durante as visitas, tudo só tende a melhorar. Eles trabalharam duro e estão empolgados com a nossa arte suave.