Bruno Bastos analisa vitória sobre Tom DeBlass e cita os benefícios da parte mental no Jiu-Jitsu; confira

Bruno Bastos analisa vitória sobre Tom DeBlass e cita os benefícios da parte mental no Jiu-Jitsu; confira

Bruno Bastos, aos 37 anos de idade, ainda não faz ideia de quando vai se ausentar das competições. Recentemente, no dia 11 de novembro, em Nova Jersey (EUA), o faixa-preta mostrou e provou que seu jogo de pressão ainda continua potente, ao vencer o duro Tom DeBlass, pelo United Grapplers Association (UGA), e garantir a medalha dourada.

“Sinceramente, eu amo competir. Acredito que tudo na vida é uma forma de competição. Lembro que comecei numa quarta-feira, fiz duas aulas de Jiu-Jitsu e competi no sábado (risos). Hoje em dia, não me considero um atleta profissional. Eu sou pai, marido, dono de academia, tenho uma associação e lidero uma equipe. Como vou com os alunos nas competições, eu aproveito para competir. Acho que o fato de eu não me definir por resultado em competições também ajuda. Se eu ganho ou perco no domingo, a segunda-feira vai existir de qualquer maneira. Então, eu aproveito que ainda tenho saúde e posso demonstrar com ações o que passo para os meus alunos”, detalhou o experiente lutador.

Empolgado após uma ótima apresentação, Bruno comentou como foi a vitória sobre Tom, que também é um professor e atleta gabaritado nos Estados Unidos, e contou os detalhes.

“Foi uma boa vitória. Foi importante, pois o Tom é um cara bem conhecido aqui na América, com um número bem grande de seguidores, e já lutou o ADCC três vezes. Então, mesmo eu tendo um currículo mais extenso e já tendo vencido ele antes, por conta dessa presença dele nas mídias sociais, minha vitória foi surpresa para uma galera aqui. A luta foi nas regras do ADCC, nas quais sou muito confortável por treinar essa regra desde 2000. Consegui sempre ficar em posição de controle e passar a guarda dele no final do tempo regulamentar. Porém, não consegui os pontos, pois ele escapou antes dos três segundos necessários para valer a passagem e fomos para a prorrogação, onde eu sabia que tinha a vantagem e, percebendo ele bem cansado, somente administrei o resultado até o final”.

Colecionador de medalhas douradas nos Mundiais e Opens da IBJJF, Bruno tem uma arma poderosa como aliada: o poder mental. A seguir, ele conta como Gustavo Dantas, seu mental coach, ajusta sua linha de pensamento para vencer dentro e fora dos tatames.

“Acredito que todos precisam de suporte na parte mental, seja competitiva ou não. Acho que sempre tive e tenho até hoje essa parte bem forte, mas mesmo assim tenho um cara que me ajuda, como o Gustavo Dantas, por exemplo. O The BJJ Mental Coach é um programa ótimo, que não foca em resultado competitivo, mas no desenvolvimento da pessoa, o que vai de encontro com o que eu acredito. Sempre traço um objetivo difícil e isso me motiva a buscar ainda mais meu desenvolvimento, minha melhora como pessoa, como professor e como competidor. Sempre trago atletas de alto nível, não somente do Jiu-Jitsu, mas também do Judô e Wrestling, para me ensinar e ensinar meus alunos, pois ninguém sabe tudo e, com isso, meus alunos veem meu jogo exposto, o que é ótimo. Vários professores têm medo de bater na frente dos alunos, mas isso (bater) não é um problema pra mim”, encerrou Bruno, que já planeja competir no Mundial No-Gi da IBJJF.