Bruno Bastos fala de Jiu-Jitsu e traça plano para competir em família em Las Vegas: ‘Experiência única’

Bruno Bastos fala de Jiu-Jitsu e traça plano para competir em família em Las Vegas: ‘Experiência única’

Professor renomado em Midland, no Texas (EUA), Bruno Bastos segue com sua carreira de competidor a todo vapor. Agora, o faixa-preta da Lead BJJ tem a meta de competir com a sua esposa, Petya Bastos, no Mundial Master junto do seu filho, João Lucas, que vai disputar o torneio Kids. Os campeonatos, todos da IBJJF, serão realizados em agosto de 2018, em Las Vegas (EUA).

A preparação de Bruno está sendo feita desde o início de janeiro de 2018. No último fim de semana, por exemplo, ele foi medalhista de prata no Houston Open da IBJJF na categoria máster, depois de encarar Flávio Almeida (Gracie Barra). A luta foi decidida pelos juízes, após terminar empatada.

Feliz e empolgado por estar fazendo o que ama, Bruno destrinchou os momentos do Houston Open e analisou o duelo contra o sempre perigoso Flávio.

“Foi bem intensa. Eu estava pensando em competir de adulto para ver como eu me sairia, para me testar mesmo. Mas quando o nome do Flavio entrou no Master 2, eu pensei: ‘vamos fazer essa “briga” aqui’ (risos). Ele foi muito inteligente e usou uma boa estratégia com a equipe dele. Acho que meu ‘pecado’ foi lutar, mas não competir. Mas de qualquer maneira fiquei muito feliz com meu desempenho e sei que vamos nos enfrentar outras vezes em eventos como, por exemplo, Pan e Mundial Master”, analisa Bruno, antes de dizer os pontos positivos que foram adquiridos após disputar mais um torneio.

“A possibilidade é de poder analisar erros e acertos para poder melhorar meu Jiu-Jitsu e assim aumentar minha capacidade de oferecer um serviço melhor para os meus alunos. Você sempre melhora após uma competição, independente de resultados, se você tiver a mente aberta. Ajuda muito no amadurecimento pessoal”.

Bruno também falou da felicidade de competir ao lado da esposa e do filho, que estão treinando todos os dias em sua academia, nos próximos torneios de Jiu-Jitsu.

“Levei 20 crianças para o Pan Kids. É o maior grupo que eu já levei até hoje. Tenho um suporte muito bom dos pais aqui, afinal não é uma viagem barata. Por conta disso também crio um ‘sistema de classificação’, onde as crianças, além de estarem bem na escola e com os pais, têm que ter resultado nos eventos locais. Minha explicação é simples: você não acorda e decide fazer sua inscrição para as Olimpíadas. Você passa por um processo. Minha parte como não é somente ensinar Jiu-Jitsu, mas também ajudar como um mentor a desenvolver senso de responsabilidade, merecimento e meritocracia. Dessa forma, independente do que eles decidam ser quando adultos, terão uma chance maior de sucesso. Acredito que por conta disso também sempre temos bons resultados, sempre títulos e apesar de poucos atletas, estamos sempre terminando no top 10 geral. Com isso, sempre fica uma expectativa na academia, mas lembro aos pais: são somente crianças. Isso tudo ajuda também ter no último ano meu filho João Lucas treinando, pois todos veem que ele passa pelo mesmo processo. Ele pediu pra lutar o Pan Kids, mas expliquei que tudo tem seu tempo. Ter ele no tatame é difícil às vezes, mas tenho muito orgulho dele. Ele treina porque quer. Ele não tem nem 5 anos ainda. Minha esposa e eu nunca falamos para ele treinar, nada forçado. Então, ele tem curtido bastante. Vamos ver como será com minha filha Maria Clara, mas ainda tenho tempo para preparar o coração (risos). Ela tem 2 anos somente”, comenta Bruno, que logo a seguir fala das qualidades da esposa Petya como atleta.

“Minha esposa participa ativamente na academia. Ela ensina as crianças comigo e da aula de judô para os adultos uma vez por semana. Ela fez parte da seleção Búlgara de Judô & Sambo, conquistando um Mundial Cadete de Judô e um Mundial Junior de Sambo. No Jiu-Jitsu, ela ainda é faixa-roxa, pois ela ficou sem treinar um bom tempo em cada gravidez dos nossos filhos. Ela está bem motivada agora e nosso filho vai competir no Kids International. Acredito que será uma experiência única para nossa família”.

Antes de encerrar a entrevista, Bruno opinou sobre o crescimento e evolução dos atletas no máster faixa-preta, que a cada torneio mostram técnicas apuradas e finalizações surpreendentes.

“Acredito que o nível técnico algumas vezes seja melhor que o adulto, mas fisicamente fica atrás sempre. É normal com relação a idade. Acho sensacional ver caras como Zé Mário, Megaton, Saulo, Jucão, Godoi, Wagnney, Shaolin e entre outros e poder lutar contra caras como Comprido, Cachorrinho, Viktor Doria, Tom DeBlass e etc. Jiu-Jitsu nota 1.000″, encerrou.