Bruno Bulldoguinho analisa oponente do UFC Vegas 27 e diz: ‘Vou para nocautear, quero mais um bônus’

* Depois de vencer a primeira vez no Ultimate, Bruno Buldoguinho tem o próximo compromisso neste sábado (22). O oponente será Victor Rodriguez, pelo UFC Vegas 27, e pode somar sua segunda vitória consecutiva dentro da companhia. Em entrevista à Revista TATAME, o brasileiro analisou o jogo de seu adversário.

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Bulldoguinho acumulou três derrotas consecutivas no início de trajetória na franquia – sendo que a primeira foi convertida para “No Contest”. Mas no último confronto, quando nocauteou J.P Buys, em março, o brasileiro colocou R$ 275 mil (US$ 50 mil) no bolso pelo prêmio de “Performance da Noite”. Para este combate, ele vem com uma estratégia para encarar Rodriguez, mas exaltou a vontade de ter mais um bônus acumulado.

“Ele é um cara que vem pra dentro, tem umas mãos duras. Mas eu acredito que tecnicamente estou um nível acima dele. Quero nocautear, vou em busca daquele bônus, mas a gente tem uma estratégia. Vou para a trocação com ele, mas se eu estiver levando muita mão, posso botar para baixo. Tudo vai mostrar para mim no decorrer da luta. Vou fazer o que encaixar mais. Vou para nocautear, quero mais um bônus”, declarou.

Confira abaixo a entrevista com Bruno Bulldoguinho:

– Sensação de vencer no UFC

Sensação inexplicável, melhor sensação da minha vida. Sonho que se realizou, estava vindo de praticamente de duas derrotas, uma foi “No Contest”. Esse era o meu sonho, mas se eu entrasse no UFC e não ganhasse nenhuma iria ter uma frustração pelo resto da minha vida. O meu sonho não é só entrar no UFC, é ser o campeão. Acabei vencendo de uma maneira muito especial, nocauteando, ganhando bônus, assinando outro contrato… foi muito especial.

– Preparação para o combate

Foi bem tranquilo, porque logo depois da luta, fiquei parado, me recuperando. E eu tinha acabado de voltar a treinar na terceira na semana e me ofereceram a luta. Como estava sem lesão, eu aceitei para aproveitar a oportunidade. Tive seis semanas para me preparar, então foi tranquilo. Fiz no Arizona o camp. Deu para me preparar bem, só ir lá dar show agora (risos).

– Nocaute sobre o J.P Buys

Eu treino muito esse golpe (esquivar e entrar com o direto por cima). É de um estilo cubano que vem da minha escola quando eu comecei a treinar. Um professor meu que vem da minha cidade, o Marcos Riberio, treinou a seleção brasileira de Boxe. Isso é muito o estilo dele. Tirar a cabeça e pegar o soco de encontro. Eu fiquei aqui nos Estados Unidos quase quatro anos treinando Wrestling e acabei perdendo um pouco daquele estilo de Boxe. Acabei ficando mais Wrestler, por causa do treino diferente, mas como fiz o último camp no Brasil, voltei as minhas raízes e com aquele estilo de Boxe. Deu certo, enxerguei que funciona pra mim. É muito técnico, bonito de se ver e agora estou especificando esses golpes.

– Repetir o golpe contra Rodriguez

Com certeza. Ele é um cara que vem muito pra cima, atirando golpes. Então, posso pegá-lo de encontro. Contra qualquer um posso utilizar esse golpe (mexer a cabeça e entrar com o direto). Pode ser em cima de um jab ou em cima de um direto. Não tem como o cara, numa luta, não mandar um jab ou um direto. Com certeza vai funcionar contra ele. Isso já vem automático, quando você treina muito uma coisa. Você não pensa, só faz. Já está ali na sua memória muscular.

Mudança de fase na carreira

Acredito que foram os atletas que eu lutei anteriormente, os caras são muito cascas grossas. Do peso-mosca, qualquer um deles pode ser campeão e, sinceramente, eu estudei a luta. Vendo como olhos de um analista, quem bateu mais… Não acho que perdi essas lutas. Às vezes, vai muito da influência dos atletas.

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