Bruno Malfacine fala sobre legado no Jiu-Jitsu e foco no MMA: ‘É onde vou concentrar toda minha energia’
No Jiu-Jitsu, Bruno Malfacine teve uma carreira brilhante. Foi o único atleta na história da modalidade a conquistar dez títulos mundiais apenas em sua categoria. Após o último título, ele encerrou a trajetória nos tatames para se dedicar integralmente ao MMA. Nas duas primeiras lutas, duas vitórias por finalização. Seu próximo combate está marcado para o dia 21 de setembro em Abu Dhabi, quando fará seu segunda duelo pelo Brave CF.
“A expectativa é de mais uma vitória, e provavelmente antes dos três rounds de luta. Quando tenho uma luta marcada, a minha dedicação aos treinos, a disciplina e o foco não são apenas para buscar a vitória, mas mostrar domínio e proporcionar ao público um ótimo espetáculo”, disse Malfa, que no MMA representa a bandeira da American Top Team (ATT).
O faixa-preta da Alliance tem lapidado o seu jogo com Ricardo Libório, ex-treinador do ex-campeão do UFC Junior Cigano, e Sergio Cunha, que já treinou as lendas Anderson Silva e Rodrigo Minotauro. Aos poucos, Malfacine se sente mais confortável nos treinos e acredita que está no caminho certo para evoluir como lutador de MMA, soltando o seu jogo em pé.
“Estamos em uma fase de aprendizado, então não podemos parar o trabalho. Estou feliz com a minha evolução. Me sinto cada vez mais confiante e confortável. Comecei a entender melhor os conceitos da parte em pé, o que acaba se tornando mais prazeroso e divertido. Faltam seis semanas para a luta, então os treinos estão começando a ficar mais intensos. Conseguimos reunir um grupo de pesos-leves para me ajudar no camp, e todos eles têm agregado bastante ao grupo. O foco da minha academia aqui em Orlando é o Jiu-Jitsu, mas sempre tivemos uma ótima estrutura de MMA, só não imaginava que um dia seria tão útil”.
Legado nos tatames
Desde o ano passado, Malfacine já tinha planejado que este ano seria seu último Mundial da IBJJF. O objetivo era fechar a carreira conquistando o décimo título na categoria peso-galo, feito alcançado com louvor. Agora aposentado dos tatames, o carioca radicado em Orlando, nos Estados Unidos, espera construir também uma carreira de sucesso no MMA.
“Encerrar a minha carreira no Jiu-Jitsu com uma marca histórica foi algo extraordinário. Nos dois últimos Mundiais foi bem difícil conciliar os treinos de MMA com os treinos para o Mundial. Amo o Jiu-Jitsu e foi uma decisão bem difícil me aposentar no auge da minha carreira, porém foi uma decisão madura. É claro que eu tenho muito orgulho da minha carreira, mas minha felicidade maior foi o legado que construí. Finalmente eu vou poder concentrar toda minha energia no MMA. Não tenho dúvida que eu construirei uma carreira semelhante da qual eu construí no Jiu-Jitsu”, cravou Malfacine, de olho no título do Brave.