Cain Velásquez tem pedido de fiança negado por juíza e seguirá preso: ‘Risco muito grande’

Ex-campeão peso-pesado do UFC, Cain Velásquez tem pedido de fiança negado por juíza e seguirá preso em Santa Clara, nos Estados Unidos

Cain Velásquez tem pedido de fiança negado por juíza e seguirá preso: ‘Risco muito grande’

Cain Velásquez teve pedido de fiança negado e seguirá preso em Santa Clara, nos Estados Unidos

Ex-campeão peso-pesado do UFC, Cain Velásquez vai continuar preso enquanto seguirá aguardando o julgamento pela acusação que recebeu de tentativa de homicídio premeditado. Na última segunda-feira (7), o lutador teve a última parte da sua audiência de acusação, em Santa Clara (EUA), mas teve seu pedido de fiança negado pela juíza Shelyna Brown.

Durante a audiência, Shelyna se prestou a ouvir os depoimentos e argumentos de Mark Geragos, advogado de Cain Velásquez, e de Aaron French, vice-procurador geral do condado de Santa Clara, até tomar a decisão de negar o pedido de fiança a Velásquez e mantê-lo preso.

“É claro para esta corte que há evidência clara e convincente que há uma probabilidade substancial que liberá-lo resultaria em graves lesões corporais, não só às testemunhas queixosas nomeadas neste caso como aos residentes de Santa Clara em geral. Este caso envolve alegações de imprudência extrema com a vida humana”, disse a juíza, de acordo com o site MMA Fighting, prosseguindo logo na sequência.

“Esse caso envolve alegações de extrema imprudência à vida humana, colidir um veículo no meio do dia onde cidadãos estão dirigindo, cuidando de suas vidas, e atirar de um carro em outros indivíduos, o que é imprudente por qualquer padrão. Qualquer um poderia ter sido machucado. Qualquer um poderia ter sido morto. Quando esse tribunal olha para o Artigo 1, Seção 12, é esse nível de risco que esse tribunal tem que levar em consideração. Dito isso, esse tribunal considera que o risco é muito grande. Não vai haver fiança definida neste momento”, concluiu Shelyna Brown.

Vale lembrar que Cain Velásquez foi preso no último dia 28 de fevereiro, por supostamente perseguir uma caminhonete em alta velocidade e abrir fogo com uma arma calibre .40. Seu alvo seria Harry Goularte, de 43 anos, que é acusado de molestar um parente menor de idade do ex-campeão peso-pesado do UFC. Um dos tiros atingiu o padrasto de Goularte, que foi encaminhado para o hospital e não corre risco de morte.

Advogado de Cain Velásquez, Mark Geragos entrou com pedido de estipulação de uma fiança, visando que o lutador tivesse como aguardar pelo julgamento ao lado da sua família. Em seu argumento, Geragos argumentou que Cain não apresentava ameaça de fuga e também mostrou que havia retido os passaportes do lutador e também da esposa de Velásquez. Outro detalhe importante é que a corte recebeu 37 cartas que demonstravam apoio ao ex-campeão do UFC.

Vice-procurador geral do condado de Santa Clara, Aaron French, no entanto, mostrou um testemunho de autoria de Patrícia, mãe de Harry Goularte, que seria uma das passageiras do carro perseguido por Cain, e responsável por ter ligado para o 911 (número que atende chamadas de emergência nos EUA). French argumentou que os três indivíduos presentes no veículo estavam traumatizados por “ações horríveis naquele dia”. Vale ressaltar que Harry permanece em prisão domiciliar e aguarda seu julgamento pela acusação de abuso sexual de menor de idade.

Preso, Cain Velásquez terá sua próxima audiência realizada no dia 12 de abril. O ex-campeão peso-pesado do UFC, que tem 39 anos de idade, pode ser condenado por 20 anos ou até mesmo à prisão perpétua por conta da acusação de tentativa de homicídio premeditado.

Americano de origem mexicana, Cain possui um cartel de 14 vitórias, sendo 12 delas por nocaute, e três derrotas no MMA profissional. Atualmente com 39 anos, Velásquez fez sua última luta nas artes marciais mistas em fevereiro de 2019, quando foi nocauteado por Francis Ngannou – atual campeão peso-pesado do UFC – em apenas 26 segundos de combate.

Para conferir mais notícias sobre Cain Velásquez, clique aqui