Campeã admite rescindir contrato com a PFL e cita inspiração em Amanda: ‘Ela é uma das maiores’

Campeã admite rescindir contrato com a PFL e cita inspiração em Amanda: ‘Ela é uma das maiores’

Dona de duas medalhas olímpicas de ouro no Judô (2012 e 2016), a americana Kayla Harrison migrou para o MMA em 2018, estreando pela PFL (Professional Fighters League), e desde então segue invicta, acumulando vitórias na organização. São sete triunfos e nenhuma derrota, números que lhe renderam o cinturão peso-leve feminino.

Porém, engana-se quem pensa que a lutadora está satisfeita com o seu atual momento. Sem lutar desde a virada de Ano Novo, quando venceu a brasileira Larissa Pacheco, Kayla viu a PFL cancelar toda a sua temporada 2020 por conta do novo coronavírus (Covid-19) e, diante desse cenário, revelou em entrevista à EPSN que pode deixar a franquia caso não cheguem a um acordo para ela entrar em ação neste ano.

“A única coisa que você não pode comprar na vida é tempo. A única coisa que você não tem de volta. E eu não posso me dar o luxo de tirar 15 meses de folga no auge da minha carreira. Eu não luto por dinheiro, luto por glória, legado, e o fato de que eu quero ser a melhor do mundo”, destacou a americana, completando:

“Embora eu admire a PFL e seja uma garota da empresa, não posso ficar sem lutar por 15 meses. Não é pessoal. Eu tenho que fazer o melhor pra mim. Se eles disserem que não podem me oferecer duas lutas (em 2020), então o contrato está quebrado. Isto seria péssimo, não quero que aconteça. Quero lutar na PFL”.

Inspiração em Amanda Nunes

Companheira de equipe de Amanda Nunes – campeã peso-galo e peso-pena do UFC – na equipe American Top Team, Kayla tem na brasileira sua principal inspiração no cage. Inclusive, ela revelou que a escolha pela ATT aconteceu justamente após um treino nada fácil com a “Leoa”, e relembrou como foi o encontro.

“Ela é meu exemplo, uma das maiores atletas dos esportes de combate de todos os tempos e quem eu aspiro ser. Com certeza (ela foi uma das razões pelas quais eu escolhi a ATT). Eu fiquei lá por uma semana quando estava experimentando academias diferentes. Treinamos juntas, e eu nunca foi ‘surrada’ daquele jeito por uma mulher. Eu fiquei tipo: ‘É aqui que a melhor do mundo está. É aqui aonde eu preciso estar’. Lembro que no dia seguinte eu tinha machucados por todo o meu corpo, até no estômago. Eu pensei: ‘Como? O que? Eu fui atingida por um caminhão?'”, destacou a atual campeã peso-leve da PFL.