Mais três campeões mundiais de Jiu-Jitsu expõem professor preso acusado de estupro; veja
Além de Matheus Gabriel, outros três campeões mundiais de Jiu-Jitsu relataram abusos que sofreram do professor Alcenor Alves
Além de Matheus Gabriel, outros três campeões mundiais de Jiu-Jitsu relataram abusos que sofreram do professor Alcenor Alves (Foto: Reprodução)
No último sábado (23), em Itajaí (SC), o professor de Jiu-Jitsu Alcenor Alves foi preso pela Polícia Civil sob a acusação de estupro de vulnerável e abuso sexual, em mandado de prisão temporária que foi expedido pela Justiça do Amazonas. Segundo as investigações realizadas, até o momento, pelo menos 12 meninos teriam sido vítimas de Alcenor.
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Bicampeão mundial de Jiu-Jitsu e considerado um dos nomes de destaque no cenário competitivo da arte suave, Matheus Gabriel concedeu entrevista à TV Globo e trouxe à tona que os supostos abusos aconteciam há pelo menos 15 anos, durante viagens para a disputa de competições. O atleta foi uma das vítimas a fazer a denúncia e relatou que sofreu o primeiro abuso aos 11 anos de idade.
“A gente viaja muito para lutar Campeonato Brasileiro, Mundial das outras confederações, era sempre São Paulo e Rio. Depois, ele foi me tocando e eu acordado. Criança, na época… Eu fiquei em choque. Eu não sabia como reagir”, disse Matheus Gabriel, que atualmente tem 27 anos de idade.
Em meio ao processo de investigação envolvendo o professor Alcenor Alves, além de Matheus Gabriel, outros três campeões mundiais de Jiu-Jitsu utilizaram as redes sociais para revelar que também foram vítimas de abusos. Meyram Maquine, Ary Farias e Thalison Soares fizeram uma publicação conjunta no Instagram na última segunda-feira (25) com um forte relato envolvendo abusos.
“A história que compartilho hoje, junto a alguns amigos, é um alerta para todos nós sobre a gravidade dos abusos no meio do Jiu-Jitsu. Durante anos, carregamos a dor de uma experiência traumática que vivemos: fomos vítimas de abusos cometidos por um professor, alguém em quem deveríamos confiar.
Como muitas outras vítimas, sentimos vergonha e medo de denunciar. Esse silêncio nos acompanhou por muito tempo, mas agora, com mais coragem, decidimos dar um passo à frente. Nossa decisão de expor o que aconteceu não foi fácil, mas acreditamos que é necessária para buscar justiça e prevenir que outras pessoas passem pelo mesmo.
Esperamos que nossa história inspire outras vítimas a superar o medo e a se sentirem encorajadas a falar. É essencial que o ambiente do esporte, que deveria ser um espaço de aprendizado e respeito, seja seguro para todos”, diz um trecho da nota oficial publicada pelos campeões mundiais de Jiu-Jitsu.
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Relembre mais detalhes do caso
Alcenor Alves participava no último final de semana como coach em uma competição de Jiu-Jitsu voltada para crianças e adolescentes, realizada no Litoral Norte de Santa Catarina. Por meio de uma nota oficial divulgada, a White House Jiu-Jitsu, equipe onde o faixa-preta dava aulas, se manifestou sobre o caso envolvendo o professor.
“Diante das notícias e dos últimos acontecimentos que envolveram o nosso diretor técnico de alto rendimento Alcenor Alves e da nossa escola, viemos ao público e a comunidade do Jiu-Jitsu informar que estamos no mercado desde março de 2017 e sempre pautamos pelos pilares e princípios do Jiu-Jitsu.
A nossa escola é referência no ensino da formação de campeões, contando com um corpo de seis professores graduados entre a faixa marrom e preta, que trabalham diariamente no ensino do Jiu-Jitsu, e nunca fomos alvo de denúncias sobre qualquer fato que venham denegrir ou ameaçar a integridade das pessoas”, veja a nota completa, AQUI.