Cavaca vê Pan da IBJJF como ‘pontapé inicial’ para volta do Jiu-Jitsu, destaca nova geração e superação de Fellipe Andrew

Cavaca vê Pan da IBJJF como ‘pontapé inicial’ para volta do Jiu-Jitsu, destaca nova geração e superação de Fellipe Andrew

* Líder da equipe Zenith e respeitado nome no cenário da arte suave, sempre trabalhando em prol da modalidade, o faixa-preta Rodrigo Cavaca conversou com a TATAME sobre o Pan de Jiu-Jitsu da IBJJF, que geralmente realizado em março, aconteceu no início deste mês, em Kissimmee, na Flórida (EUA), adiado por conta da pandemia do novo coronavírus. Na opinião de Cavaca, o campeonato representou o “pontapé inicial” para a volta do esporte, que vem retornando gradativamente com alguns eventos nos Estados Unidos e ainda poucos no Brasil.

“Foi o pontapé inicial para a nossa volta, e nada melhor do que esse Pan-Americano. Mesmo com as limitações, nós temos que voltar. Não adianta nada ficar em casa, é preciso, sim, tomar os devidos cuidados, mas com todos trancados em casa, que nem um monte de maluco, não dá. Temos que voltar a viver, é nossa profissão. Minha academia ficou fechada quase quatro meses, muitos perderam seus empregos, a economia precisa girar e no Jiu-Jitsu não é diferente. Por isso, parabéns para a IBJJF pela retomada. A única foi que foi ‘negativa’, se assim podemos dizer, é que nem todos atletas puderam estar lá por conta das fronteiras fechadas nos Estados Unidos, mas isso é só até tudo se normalizar”, opinou o casca-grossa.

Cavaca também destacou a participação da nova geração no Pan 2020 e exaltou Fellipe Andrew, grande campeão do absoluto no adulto faixa-preta. Apesar da mudança de equipe por parte de Andrew, agora na Alliance e morando nos Estados Unidos, os dois mantêm uma ótima relação, e o professor falou sobre seu pupilo, que após ser desclassificado na categoria, voltou com tudo para brilhar no peso aberto.

“O Pan foi ótimo. A nova geração está chegando, e a cada ano que passa o Jiu-Jitsu fica mais bonito. Não tem como comparar um campeão de hoje com um campeão de dez anos atrás, não existe. O Fellipe foi um cara que se destacou. Conversei com ele sobre a falha na categoria que gerou sua desclassificação (um golpe encaixado em que ele saiu do tatame), para mim na categoria ele era total favorito, perdeu pra ele mesmo, mas mostrou o que todo mundo já sabe que ele pode fazer na final do absoluto. Quando eu vi a formação da chave do absoluto, já imaginava essa final, e apostava minhas fichas no Fellipe”, completou Rodrigo.

* Por Diogo Santarém