CBJJ e IBJJF anunciam banimento de professor de Jiu-Jitsu acusado de estupro de vulneráveis
Preso, professor de Jiu-Jitsu Alcenor Alves está banido de qualquer evento ou atividade que seja organizada pela IBJJF e CBJJ
Preso, professor de Jiu-Jitsu Alcenor Alves está banido de qualquer evento ou atividade que seja organizada pela IBJJF e CBJJ (Foto: Reprodução)
Preso no último sábado (23), em Itajaí (SC), sendo acusado de exploração sexual e estupro de vulnerável, o professor de Jiu-Jitsu Alcenor Alves vem tendo seu caso amplamente divulgado no país, principalmente no cenário do esporte. Alcenor teve sua prisão temporária expedida pela Justiça do Amazonas e, segundo as investigações, pelo menos 12 meninos foram vítimas de supostos abusos do faixa-preta.
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Novas investigações estão sendo feitas e, ao mesmo tempo, atitudes estão sendo tomadas. Principais entidades do meio do Jiu-Jitsu, a CBJJ e a IBJJF anunciaram na última terça-feira (26), por meio de um comunicado nas redes sociais, o banimento de Alcenor Alves dos seus quadros. Dessa forma, o professor de Jiu-Jitsu está proibido de participar de eventos e atividades promovidas por ambas as federações.
“A Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ) e a International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF) manifestam profunda indignação diante dos atos de violência sexual atribuídos ao professor de Jiu-Jitsu Alcenor Alves Soeiro contra menores de idade, conforme amplamente divulgado pela imprensa. Tais crimes são inaceitáveis e violam os princípios éticos mais basilares do esporte.
A CBJJ e a IBJJF informam que Alcenor Alves Soeiro será banido definitivamente de seus quadros e não poderá mais participar de eventos e atividades promovidas pela entidade. A CBJJ e a IBJJF repudiam comportamentos que violem a integridade e a segurança de praticantes do esporte, especialmente quando as vítimas são crianças e adolescentes.
Enaltecemos os atletas que tiveram a coragem de expor as situações de violência sofridas, permitindo que outras vítimas se sintam encorajadas a denunciar seus algozes. A CBJJ e a IBJJF esclarecem que todos os casos de abuso serão tratados com rigor e reafirma o compromisso de garantir ambientes seguros, éticos e respeitosos em todas suas atividades”, diz o pronunciamento.
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Relembre o caso
Preso no último sábado (23), Alcenor Alves participava como coach em uma competição de Jiu-Jitsu voltada para crianças e adolescentes, realizada no Litoral Norte de Santa Catarina. O caso repercutiu rapidamente no meio do Jiu-Jitsu, seja pelas redes sociais e também pela imprensa.
Já na última segunda-feira (25), por meio de uma publicação conjunta nas redes sociais, os campeões mundiais Matheus Gabriel, Meyram Maquine, Ary Farias e Thalison Soares fizeram um forte relato denunciando Alcenor Alves.
Vale ressaltar que Matheus Gabriel já havia concedido uma entrevista à TV Globo e trouxe à tona que os supostos abusos do professor de Jiu-Jitsu aconteciam há pelo menos 15 anos, durante viagens para a disputa de competições. O atleta foi uma das vítimas a fazer a denúncia e relatou que sofreu o primeiro abuso aos 11 anos de idade.
Por meio de uma nota oficial divulgada, a White House Jiu-Jitsu, equipe onde o faixa-preta dava aulas, se manifestou sobre o caso envolvendo o professor.
“Diante das notícias e dos últimos acontecimentos que envolveram o nosso diretor técnico de alto rendimento Alcenor Alves e da nossa escola, viemos ao público e a comunidade do Jiu-Jitsu informar que estamos no mercado desde março de 2017 e sempre pautamos pelos pilares e princípios do Jiu-Jitsu.
A nossa escola é referência no ensino da formação de campeões, contando com um corpo de seis professores graduados entre a faixa marrom e preta, que trabalham diariamente no ensino do Jiu-Jitsu, e nunca fomos alvo de denúncias sobre qualquer fato que venham denegrir ou ameaçar a integridade das pessoas”, veja a nota completa, AQUI.