Cláudia celebra primeiro ouro mundial como faixa-preta, mas prega cautela: ‘Preciso melhorar em tudo’

Cláudia do Val começou o ano com a conquista do ouro no Europeu (Foto Mike Anderson)
Por Mateus Machado
O último dia 4 de junho ficará marcado na vida de Cláudia do Val. Na ocasião, disputando o Mundial da IBJJF, realizado em Long Beach, nos Estados Unidos, a lutadora conquistou seu primeiro ouro na competição lutando como faixa-preta, ao derrotar a experiente Talita Treta na final da categoria peso-pesado, consolidando a ótima fase vivida pela atleta da De La Riva JJ atualmente, já que, anteriormente, havia faturado o título do Brasileiro da CBJJ.
No Mundial, Cláudia entrou em ação em uma chave que contava com cinco atletas. Em sua primeira luta, superou Alison Tremblay e foi para a semifinal com a experiente Fernanda Mazzelli, também saindo vencedora. Na grande final, diante de Talita Treta, Do Val fez uma luta bem disputada, e saiu com o triunfo, e o ouro, após vencer por 4 a 0 nas vantagens. Em entrevista exclusiva à TATAME, a lutadora falou sobre seu primeiro Mundial como faixa-preta, a soberania de atletas da nova geração no feminino contra as “veteranas”, entre outros assuntos.

Cláudia conquistou o ouro no peso-pesado ao derrotar Treta na grande final (Foto Mike Anderson)
Confira a entrevista completa com Cláudia do Val:
– Primeiro Mundial da IBJJF como faixa-preta
Foi meu primeiro Mundial da IBJJF lutando como faixa-preta, mas eu já havia assistido o evento em anos anteriores, então não sei se a palavra certa é ‘impressionada’. Já sabia como era (a atmosfera do evento), mas a adrenalina, certamente, foi muito maior.
– Principal dificuldade na competição e final contra Talita Treta
A minha maior dificuldade em todos os campeonatos ainda é a adrenalina. Não tem muito o que dizer (sobre a final da categoria contra a Talita Treta)… Foi uma luta duríssima, ela queria muito ganhar e estava disposta a ir bem longe para isso, mas eu também queria muito essa vitória.
– Soberania de atletas da nova geração sobre as ‘veteranas’
Não vou dizer que esperava isso. Conheço essas atletas da nova geração e sei que são duríssimas, assim como as atletas veteranas também são muito duras. Mas eu sabia que a vitória ali era bem possível.
– Planos para o segundo semestre
Tenho alguns campeonatos em vista (no segundo semestre do ano). Pretendo competir bastante dentro e fora do Brasil.
– Evolução no jogo para os próximos anos
Preciso melhorar em tudo (no jogo e estratégia) (risos). Mas o que eu vejo de mais urgente atualmente (na questão de evolução) é a parte da estratégia de luta.