Co-fundador da Soul Fighters analisa migração de campeões do Jiu-Jitsu para o MMA e aposta em Jacaré

Co-fundador da Soul Fighters analisa migração de campeões do Jiu-Jitsu para o MMA e aposta em Jacaré

Bruno Tank, co-fundador da Soul Fighters e um dos mais respeitados treinadores de Jiu-Jitsu do cenário norte-americano atualmente, fez uma análise sobre a migração de atletas do Jiu-Jitsu para o MMA. O casca-grossa citou a “notoriedade” que a modalidade ganhou nos últimos anos e citou alguns bons nomes que representam a arte suave nos cages.

“O Demian sempre vai ser uma referência pela forma que adaptou o Jiu-Jitsu de competição para o MMA. Acho que meu irmão, Augusto Tanquinho, também tem uma boa transição. Mas não vejo ninguém se destacando acima dos demais, até porque o jogo de chão no MMA moderno está sendo evitado. Wrestling e as defesas dos ataques de solo estão cada vez mais fortes, com certeza são tendência”, disse o experiente faixa-preta.

Bruno Malfacine e Rodolfo Vieira, multicampeões no Jiu-Jitsu, são alguns dos exemplos de atletas que migraram para o MMA e, aos poucos, vão conquistando espaço. Tank fez ressalva quanto a diferença entre Jiu-Jitsu e o MMA, mas acredita que ambos podem ganhar títulos: “Acredito que sim, são grandes campeões e atletas. Eles com certeza vão agrupar a trocação e o Wrestling de alto rendimento ao já excepcional Jiu-Jitsu deles”.

Dos atuais dez campeões do UFC, nenhum é oriundo do Jiu-Jitsu. Bibiano Fernandes, campeão do ONE Championship e tricampeão mundial na arte suave, é uma das poucas exceções de atletas que migraram dos tatames e conseguiram se consolidar no topo como o melhor de sua divisão. Analisando o cenário atual, Bruno Tank aposta em Ronaldo Jacaré, peso-médio do Ultimate, como o próximo faixa-preta a romper essa barreira.

“O mais próximo que vejo atualmente é o Ronaldo Jacaré, pela posição no ranking. Só falta ele ter o ritmo de competição e timing que ele estava antes da cirurgia que o deixou afastado. É um super campeão e vai ser luta dura para qualquer um”, finalizou o professor.