Coluna da Arte Suave: a importância da ‘mente aberta’ no Jiu-Jitsu para praticar e repetir posições; leia e opine

Coluna da Arte Suave: a importância da ‘mente aberta’ no Jiu-Jitsu para praticar e repetir posições; leia e opine

* Nestes tempos de isolamento, o que a maioria das pessoas tem é a disponibilidade de tempo. E quantas vezes não acabamos pesquisando novas técnicas de raspagens e finalizações para essa tão esperada volta aos treinos? 

Eu acho muito interessante, e pode ser produtivo pesquisar finalizações, movimentações e raspagens diferentes, ver técnicas demonstradas por lutadores que você admira e ter resultados expressivos em campeonatos e em lutas casadas. Também podemos aprender posições novas com amigos e até com lutadores da mesma academia, porque muitas vezes podem ter treinado em outra academia antes de estar na academia atual. 

Creio que devemos ter sempre a mente aberta para novas posições e movimentos. Não concordo quando, de imediato, alguém já dispara: “esse golpe não pega”. Essa frase é comum de ser ouvidas nos dojôs, e muitas vezes são ditas por lutadores que sequer experimentaram fazer as posições, mas de imediato as condenam, dizendo ser ineficientes, ou por pré-julgarem que daquele tipo de posição sabem uma melhor. Esses pensamentos causam uma estagnação técnica aos lutadores que não treinam e estudam as posições, os movimentos demonstrados como deveriam, seja qual for o motivo. 

A repetição, a capacidade de “sentir” a posição e, assim, ver como melhor se ajeita o próprio corpo creio ser o fator fundamental para que as frases iniciais sejam ditas. Uma raspagem, movimento ou uma finalização vão se encaixando bem em nossa rotina à medida que são praticadas repetidas vezes nos treinos e nas lutas.Infelizmente, existem lutadores que só querem “lutar” e põem de lado o estudo das posições e a sua repetição, de modo que os movimentos possam acontecer na hora da luta de maneira natural, e que você tenha confiança adquirida para fazer quando quiser, na hora que perceber ser a ideal, fluindo, e não de maneira truncada.

Alguns lutadores parecem até achar improdutiva a repetição e ficam conversando no dojô à espera do prosseguimento de outra etapa do treino. Já vi alunos que nem faziam o golpe para os dois lados, executavam apenas uma vez e pronto. Quando isso acontece na minha aula, percebo que a sua percepção e entendimento do Jiu-Jitsu ainda é limitada. Essa resistência à prática e à repetição faz com que o lutador perca a chance de experimentar outros movimentos, limitando o atleta tecnicamente, até a oportunidade desse atleta em testar a posição e julgar se esse “novo movimento” poderá ser útil à sua rotina. 

É importante ter sempre a mente aberta para aprender. O aprendizado é contínuo e beneficia tanto aquele que demonstra como aquele que aprende, até porque, ao demonstrar, você pensa no golpe, reflete sobre ele e muitos desses momentos em que se demonstram golpes surgem outras variações do mesmo golpe, fazendo um aprendizado coletivo. Todo lutador deveria, obrigatoriamente, estar buscando sempre novas posições e movimentos, porque o Jiu-Jitsu tem que estar pleno na mente para poder ser expresso no corpo pelos movimentos e finalizações.

Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Oss!

* Por Luiz Dias