Coluna da Arte Suave: a importância do bom comportamento para a imagem do Jiu-Jitsu; confira e opine
Por Luiz Dias
Há pouco tempo, toda a comunidade do Jiu-Jitsu, infelizmente, presenciou uma atitude infeliz de um lutador em um evento, e semanas atrás, um outro lutador espancou uma mulher, ambos lamentáveis acontecimentos que trazem péssima imagem para nossa arte.
Não são esses tipos de episódios que devem estar ligados ao Jiu-Jitsu. Eu estava andando na praia de Burleigh, vendo o mar, e encontrei uns amigos, dentre eles o faixa-preta Fabrício Waks, que estava dando aula na Gold Coast, Austrália. Ao meu ver, não importa fora da área de competição qual escudo que você representa, o que importa é a amizade entre brasileiros no exterior, a colaboração mútua entre nós e a boa convivência.
Como professores de Jiu-Jitsu, representamos a arte suave 24 por dia. Eu sinto isso em minhas viagens, e se queremos ser respeitados e até convidados a ensinar nossa modalidade, temos de cuidar da nossa imagem. O que não precisamos são de episódios de violência para manchar o que estamos tentando construir, como, por exemplo, que se torne um esporte olímpico. Como influenciar pais a colocarem seus filhos pequenos no Jiu-Jitsu com cenas de violência dentro e fora dos tatames? Com certeza fica mais difícil.
Conversando com meus amigos – quem viaja sabe como são bons esses encontros -, mesmo fora dos tatames, o pessoal local percebe e passa um sentimento muito bom, de amizade e companheirismo entre nós. Creio que esse comportamento tem de existir no Brasil e no mundo todo. Não precisamos de rivalidades fúteis. Vamos ser rivais só na luta.
Acho que já melhoramos muito, mas podemos evoluir mais ainda. O Jiu-Jitsu está em todas as nossas classes sociais e beneficia a todos. E é esse o caminho que temos de fortalecer. Nessa foto de destaque no artigo, temos lutadores e amigos de equipes diferentes, que se encontraram longe do Brasil. Nesse momento não tem escudo, nesse momento somos brasileiros lutadores e professores de Jiu-Jitsu, e junto com a bandeira brasileira, é essa a imagem positiva que temos de levar, a do nosso esporte no topo.
Até pouco tempo, o governo australiano estava dando visto para faixas-preta de Jiu-Jitsu. E para que isso aconteça até em outros países, temos de ser exemplos sempre, até porque essa é a conduta correta. Temos de agir localmente para atingir globalmente. A imagem do Jiu-Jitsu em toda a sua amplitude e possibilidades têm de ser simbolizada por amizade entre nós, com respeito, educação, saúde e espírito esportivo, dentro e fora do Brasil.
Que esses episódios lamentáveis e condutas impróprias de lutadores de Jiu-Jitsu possam logo se tornar tristes fatos de um passado. Vamos nos lembrar sempre que representamos o Jiu-Jitsu 24h por dia. No seu bairro, na sua cidade, e no exterior, quando estamos em competições, seminários ou tentando se estabelecer de vez no exterior, somos nossa arte.
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