Coluna da Arte Suave: a importante decisão de competir dentro do Jiu-Jitsu; confira o artigo e opine
Por Luiz Dias
Dentro das equipes de Jiu-Jitsu, entre os lutadores, existe a questão de competir ou não. Acredito que esse ponto deve rondar a mente de todos os lutadores. Vou competir ou não? São os parceiros de treino da equipe que dão força, os amigos e a própria vontade do atleta, além do desafio lançado pelo professor. Alguns até se julgam melhores por competirem em relação a quem não compete. Entretanto, a vontade de competir deve nascer dentro de cada um, sempre é uma pressão, uma expectativa do próprio atleta.
Existem atletas que são competidores natos, ficam tranquilos antes, durante e depois do combate. Competir é com eles mesmos. Conheço vários e grandes competidores, treinar para competir é a meta de todos os seus treinos. Sempre focando no próximo campeonato, o que é uma excelente motivação para o desenvolvimento do atleta. Creio ser importante todo lutador correr alguns campeonatos. Faz parte do caminho de qualquer lutador, mesmo que corram poucos campeonatos, acho importante todo lutador ter essa experiência.
Todo atleta deveria competir algumas vezes, se testar, acredito que muitos gostariam da sensação de competir, podendo até se tornar grandes competidores no futuro e outros não, mas terão vivido a experiência. Como professor, acho importante você ter competido ou ainda competir, para poder conversar com os seus alunos, dividir sua experiência como competidor. Como falar para seus alunos sobre competição, se você nunca competiu? Do lado do competidor, ele também tem de fazer a sua parte. Não é só querer competir. Todo competidor também deve estar consciente de sua condição para ir lutar um campeonato.
Treinou duro? Aeróbico em dia? Está batendo o peso certo? Crie seus objetivos. Hoje, as federações e confederações apresentam seus cronogramas com muita antecedência. Então, é possível se planejar para os campeonatos que deseja correr. Há pouco tempo, li a entrevista de um excelente competidor em que dizia que, em seus primeiros dez campeonatos, perdeu todos nas primeiras lutas, mas ele tinha um foco em sua mente: competir. E hoje ele brilha nos torneios, corrigiu seus erros e evoluiu. Esse é o caminho.
Mas, ao mesmo tempo, existem excelentes lutadores que também não tem o perfil de competidor, não gostam de competir, mas dão excelentes treinos em suas academias. Por vezes até surge aquela pergunta entre os amigos: “Por que ele não entra em campeonatos?”. Gostar de competir não é uma obrigação, e nem vejo como se fosse um defeito um lutador que não goste de competir. O Jiu-Jitsu, para muitos, é um estilo de vida. É o momento onde ele relaxa, estuda novas posições, treina duro, mas está excelente assim para ele. E sem dúvida proporciona treinos excelentes para quem compete.
A nossa arte suave se molda perfeitamente para todas as personalidades de lutadores, competidores ou não. A filosofia do Jiu-Jitsu inspira todos os atletas a ultrapassarem seus limites em treinos nas academias ou em lutas de campeonatos, mas respeitando o perfil de cada um. Todo lutador tem suas lembranças de campeonatos, alguns até com medalhas, mas vejo a competição como um desafio, uma experiência que todo atleta deveria ter.
Mesmo que não goste de competir, acho que sair da sua zona de conforto e viver esse desafio deve ser instigante. Uma boa conversa com o seu professor também é muito importante. Ele, mais do que ninguém, saberá avaliar se está em condição para competir, o que pode melhorar para o campeonato ou se prepara um pouco mais para competir em melhores condições nos próximos torneios. Para todos os lutadores, fica uma sugestão: pensem em correr um campeonato! Com certeza será uma experiência muito especial.
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