Coluna da Arte Suave: a união entre Jiu-Jitsu e Surfe, e a inclusão da Defesa Pessoal nas ondas; leia e deixe a sua opinião

Coluna da Arte Suave: a união entre Jiu-Jitsu e Surfe, e a inclusão da Defesa Pessoal nas ondas; leia e deixe a sua opinião

* Com uma espera da volta à normalidade depois que essa pandemia passar, todos estão esperando a reabertura das academias para voltar aos treinos. Muita vontade de treinar, não perder mais treinos e aproveitar mais ainda as atividades, e na praia, conversando com amigos lutadores, sempre falamos de luta, e sempre comento sobre a importância do treino da Defesa Pessoal. 

Muitas vezes, situações mais inamistosas são vivenciadas por surfistas dentro e fora da água, aqui e no exterior. Discussões que se originam nas ondas e acabam indo para a areia, e infelizmente, nem sempre são resolvidas só com palavras. É mais um motivo de que o Jiu-Jitsu e o Surfe possuem uma grande afinidade, um complementa o outro. Grande parte dos lutadores são surfistas aqui no Rio e creio que o mesmo aconteça em outros estados banhados pelo mar e em vários países em que os litorais tenham ondas. 

Acredito que essa união já faz parte do estilo de vida do lutador, assim como do surfista. A busca de uma vida saudável é muito importante para a imagem do nosso esporte, que ganha cada vez mais praticantes, sempre atentos à saúde. O treino constante e a busca incessante da evolução da técnica aproximam esses dois esportes. Sem contar na confiança que o Jiu-Jitsu traz ao surfista em suas viagens para desbravar picos diferentes em seu país ou no exterior, onde nem sempre os visitantes (haoles) são bem-vindos. 

O Jiu-Jitsu contribuiu muito para a defesa e respeito do surfista brasileiro no exterior. Como o Mestre Renan Pitanguy, lutador e big rider, que fez muito pela imagem dos brasileiros no Havaí. A Defesa Pessoal utilizada no momento certo preservou e preservará a integridade física de muitos surfistas e abriu muitas portas também. Ela deve ser sempre praticada nas academias, e quem tem resistência a esse treino, deveria abrir a mente e praticar Defesa Pessoal ou autodefesa, como o GM Fernando Pinduka fala, porque você nunca sabe quando será preciso, e creio que é melhor saber e não precisar usar, do que precisar usar e não saber. 

Muitos brasileiros podem contar episódios em que a Defesa Pessoal foi decisiva, quando a briga foi inevitável e a força precisou ser usada. Assim como surfistas que foram agredidos e não sabiam o básico para se defenderem. Nos meus seminários de Jiu-Jitsu, eu incluo direto a parte de Defesa Pessoal e vejo como é aceita e curtida pelos lutadores locais. Meus planos depois dos seminários são de curtir umas ondas com meus amigos e alunos sempre que possível, e muitas vezes, depois do Surfe, mais Defesa Pessoal na areia, de uma maneira descontraída, mas o interesse sempre é grande. 

Por conta do Jiu-Jitsu, muitas amizades são feitas e um sentimento de “estou em casa” chega rápido. A vontade da rapaziada local em saber da nossa história sempre rende muitas conversas. Sempre vejo o poder que o Jiu-Jitsu causa a cada viagem minha, o alcance que ele proporciona a nós professores e lutadores pelo mundo. Ter o Jiu-Jitsu em nossas vidas é como uma credencial, abre portas e constrói pontes a lugares que, sem elas, não teríamos acessos. Mas, ao mesmo tempo em que nos beneficiamos do Jiu-Jitsu, todos nós praticantes do BJJ somos “embaixadores” da nossa arte marcial. Somos admirados pela nossa técnica, mas também somos observados sobre nossa conduta, educação e respeito à cultura local. 

Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Oss!

* Por Luiz Dias