Coluna da Arte Suave: amizade nos tatames e como proceder com a saída de um amigo da sua academia; leia e opine

* No artigo passado, escrevi sobre o meu ponto de vista quando um aluno sai da minha academia. Neste artigo, vou escrever sobre o que pensava e penso quando é um amigo, um parceiro de treino que decide sair da academia e ir para outra. Realmente, é um assunto delicado, envolve sentimentos além dos tatames. Mas creio que, em primeiro lugar, devemos pensar o seguinte: não conhecemos todos os detalhes que resultaram em sua saída para julgarmos.
Depois, a amizade deve sempre prevalecer, caso sejam amigos de verdade. Tive amigos de treino que saíram para outras academias sem falarem sobre os motivos. E acho que não cabe a mim julgar. Ninguém sabe a totalidade dos fatos ou motivos que resultam numa mudança. Se é seu amigo e ele resolveu sair, a decisão é dele. Não vejo motivo para hostilizar quem quer que seja. Saiu e ponto final.
Cada um sabe da sua vida. Acredito que devemos focar em nossa caminhada no Jiu-Jitsu, e não nas dos outros. Motivos podem ser muitos, e muitos até que podemos ouvir nem sempre são verdadeiros, e de repente, você está julgando alguém com falsas informações, e esse seu parceiro de treino que saiu pode estar certo. Muitas vezes escuto comentários chamando alguém de creonte. Será que ele é creonte mesmo? Você com certeza pode afirmar isso? Você sabe de toda a história para afirmar isso? É delicado.
Enfim, antes mesmo de ter minha academia, respeitava as decisões dos meus amigos que saíam. Não cabe a mim julgar. Como escrevi, é minha sugestão. Apenas aceite, você não é juiz. Seja amigo, dentro e fora dos tatames. Você não sabe o que ele passou para tomar essa decisão. E mesmo que você ache que ele errou, é a vida dele, a história dele e não a sua história. Cada um responde por si. Nunca julguei ninguém por esse motivo. Quantas equipes não surgiram de lutadores formados por outras equipes que decidem sair para formarem outras? Então são creontes também? O esporte e a vida precisam seguir caminhando.
A vida é um campo de batalhas, não precisamos criar mais batalhas ou “inimigos”. Que a amizade e o respeito sejam características da nossa arte suave. Que a rivalidade sadia fique restrita às áreas de lutas nos campeonatos e não levadas para as ruas, para as vidas das pessoas. Perder amigos porque mudaram de equipe não acho que seja uma boa razão ou sequer justa de se incorporar.
Ficamos onde queremos e se os compromissos diários permitem. Que o Jiu-Jitsu seja sempre um fator de união e amizade entre os praticantes, e não de inimizades. Eu tenho grandes amizades nos tatames, e essa foto acho que representa bem como deve ser. Amizade nos tatames sempre e viva nossa arte suave.
Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Oss!
* Por Luiz Dias