Coluna da Arte Suave: as críticas e conselhos ao ‘professor da hora errada’ nos treinos; leia o artigo e opine

Coluna da Arte Suave: as críticas e conselhos ao ‘professor da hora errada’ nos treinos; leia o artigo e opine

* Conversando com um amigo, nesses dias de quarentena, é claro, falamos de Jiu-Jitsu. Os tipos de treino e de parceiros de treino. Então, veio a ideia de falar sobre um tipo de lutador que me irrita e deve irritar a todos na hora do treino: o “professor do momento”. Ele surge quando, no treino, você vai finalizá-lo ou ele quer “respirar”, aliviar a blitz que está levando. Ele começa a dar dicas, corrigir pegadas ou dar outra indicação. 

Quando treino com alunos, eu treino normalmente, bem diferente quando é um treino com sentido de ser um tutorial, que acontece com outro objetivo. No meu ponto de vista, independe da faixa. Não acho legal. Já fui finalizado por alunos, e qual o problema? Dá os tapinhas e treina melhor ou não cometa mais os erros que você identificou, permitindo ser finalizado. Já vi, em todas as faixas, na iminência de ser finalizado, o lutador querer parar para dar dicas para aquele que o está finalizando ou algo do tipo. 

Creio que ninguém gosta de perder, ser finalizado, mas evitar a submissão desta maneira acho que esse lutador não aprendeu umas das lições iniciais do Jiu-Jitsu, que é a humildade. Se prestarem atenção, normalmente identificamos que são sempre os mesmos. Quando estão numa posição de superioridade, não falam nada, mas quando a posição se inverte, e suas técnicas não estão surtindo efeito contra ele, surge, como digo na academia, o “professor do momento”. Esses lutadores acabam, por vezes, ficando sem treino. Eu, particularmente, acho muito chato durante o treino e é perceptível isso. O lutador, ao sentir que será finalizado, faz corpo mole. Dá dica ou fica como se tivesse “deixando” seu oponente encaixar o golpe. Não acho uma atitude legal. Não está dando o respeito que seu parceiro de treino merece. 

Nessa quarentena, também podemos parar para avaliarmos as nossas próprias atitudes. E quem faz isso, espero que pare para pensar em parar de fazer esse subterfúgio. Valorize mais os treinos. E em vez de usar essas estratégias, até porque normalmente essa atitude é notada pelos parceiros de treino e comentada, treine com mais empenho e dedicação. E se infelizmente a finalização ocorrer, dê os três tapas e corra atrás da sua evolução para, no próximo treino, a história ser outra. Eu penso assim. Não seja o “professor do momento”, seja o parceiro para todo treino. Lute sempre com vontade, treine para evoluir e você acabará finalizando também. A evolução é para todos, e ela é fruto de muito treino, persistência e vontade de vencer.

Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Oss!

* Por Luiz Dias