Coluna da Arte Suave: as frustrações em não ser graduado e um recado de motivação aos atletas

Coluna da Arte Suave: as frustrações em não ser graduado e um recado de motivação aos atletas

* No último artigo, escrevi sobre a questão de assinar uma graduação de alguém que você, como professor, não graduou. Neste, vou escrever sobre receber ou não a graduação do seu professor. Mesmo com o intervalo de treino imposto pela pandemia, vejo nas redes sociais algumas publicações de graduação, a tão esperada entrega de faixas. 

Todos os lutadores ficam na espera da graduação. Alguns são graduados, uma alegria total, mas tem o outro lado, aqueles que ficam frustrados com a tão esperada faixa que não veio. É legítimo o sentimento de decepção. Mas não pare de treinar, respire fundo e vá treinar. Converse com o seu professor. Não estou dizendo para contestar a graduação que não veio, mas procurar saber em que ponto ou pontos que você, aos olhos do seu professor, não alcançou o que ele espera ver no seu Jiu-Jitsu. 

Sei bem o que estou escrevendo, porque muitas vezes explico aos meus alunos o que vejo como algo a ser melhorado para merecer a graduação. Ouvir e refletir o que seu professor diz creio ser parte do treinamento. Também existem motivos extra tatame, que podem refletir nos seus treinos. Eu posso dizer a vocês, já vivi esses momentos. Não deixem de ir aos treinos. Não ir aos treinos não resolve nada, só piora. 

Encare e derrote seus medos, suas tristezas ou insatisfações. Mesmo que percam a vontade de treinar, se forcem, treinem pouco, mas treinem. E treine sem se impor resultados, treinem para melhorar. Essa endorfina produzida nos treinos e com as amizades dos tatames irão te dar um bom suporte para esses momentos. Então, meus amigos, vamos ter o Jiu-Jitsu como um hábito saudável em nossas vidas, onde possamos melhorar nossas lutas pessoais. 

Vamos superar esses dias estranhos. Tenham certeza que, nesses momentos atuais, colocar a endorfina para correr em nossas veias só fará bem. Estar entre nossos amigos de treinos e lutarmos são aqueles momentos que não pensamos em mais nada. Mesmo sem foco, porque problemas extra tatame por vezes nos atrapalham, nesses casos, a concentração age como um grande exercício, um caminho para o autocontrole. Vejo o Jiu-Jitsu quase como uma forma de meditação. 

Quando percebi o bem que me fazia, mesmo sem treinar, ficava vendo os treinos dos meus amigos e alunos, e isso acabava me relaxando, e muitas vezes me forçava a treinar. Outras vezes, ia na academia de um amigo e dávamos treinos, e depois ficávamos conversando. Sei que falar é fácil, mas eu já vivi momentos de desânimo e posso afirmar: não deixem de treinar por desânimo, até mesmo que esse desânimo seja originado por não ter alcançado o que você deseja. Treine, tente só pensar na luta que acontece naquele momento. Nunca deixe de treinar como resposta para um problema, seja de ordem pessoal, sentimental ou doenças. 

O Jiu-Jitsu irá alavancar seu dia e o seu ânimo. Treine, estude posições e treine mesmo que a mente não ajude naquele momento. Não se entregue nunca ao desânimo. Seus problemas passarão, e então, seu Jiu-Jitsu fluirá mais ainda. Essa coluna é dedicada a todos que lutam com doenças terminais, e a todos que acompanham esses guerreiros e guerreiras nessas lutas.

Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Oss!

* Por Luiz Dias