Coluna da Arte Suave: ida em outras academias e a questão da ‘mente aberta’ no Jiu-Jitsu

Coluna da Arte Suave: ida em outras academias e a questão da ‘mente aberta’ no Jiu-Jitsu

Por Luiz Dias

Estive na semana passada na inauguração do novo CT Brasil, onde encontrei amigos de muito tempo. Cada um com o seu escudo nos quimonos. Antes do treino, muita conversa entre todos. Creio que esse é o caminho certo. Já escrevi mais de uma vez como esse intercâmbio é importante, treinos diferentes, e esses encontros entre os professores também. Sempre se aprende algo novo ou uma maneira diferente de fazer certas técnicas que, embora você conheça, mas conhece de outra maneira e em situações do dia a dia das academias.

As visitas às academias também acho benéficas. São treinos diferentes, por vezes, metodologias diferentes, principalmente para quem gosta de competir. Agora, se você vai visitar uma academia, tem de ir de corpo e mente preparado. Chegar como visitante para treinar numa academia já dizendo que está machucado, acho preferível não ir então. Já presenciei lutadores chegando em academias para visitas alegando lesões, mas quando estavam submetendo, nem de longe pareciam lesionados. Não acho isso bom, como já tive alunos indo visitar academias e o responsável pelo treino dizer que não poderia treinar com o próprio quimono, teria que ser com quimono com escudo deles.

Sinceramente, em uma visita, não estar com o seu escudo? Qual o problema? Ser aluno regular é claro, não vai treinar regularmente numa academia usando escudo de outra. Isso é inquestionável. Mas uma visita, não vejo o porque disso. Infelizmente, já ouvi relatos de amigos e de alunos que, visitando, tiveram essa impedimento. Ou treinavam com o quimono da equipe que estavam ou infelizmente não poderiam treinar. Mas quando o caminho é inverso, será que aceitariam deixar seu escudo guardado e colocar outro para treinos e tirar fotos?

Estavam ali no dojô professores e lutadores de diferentes academias, com o foco no treino, no Jiu-Jitsu. Vamos deixar para os campeonatos uma rivalidade saudável. Terminou a luta, aperto de mãos e a amizade, o respeito entre as equipes segue fora dos tatames. Nas minhas entregas de faixas, sempre chamo meus amigos de outras equipes e gosto muito de ver vários representantes de diversas equipes reunidas ali, numa grande confraternização.

Acredito que o que o nosso esporte e para muitos um caminho de vida precisa, é de amizade, respeito e entendimento. Quando o que mais se fala hoje em dia é de tolerância, não vejo motivos para certas atitudes como escrevi acima. Quanto mais tivermos conceitos e práticas positivas, maior será o público que iremos alcançar e mais pessoas praticando, o que é positivo para todos, começando pelas academias e refletindo nos campeonatos e em todos os segmentos que envolvem o nosso Jiu-Jitsu.

Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o http://http://gasjj.blogspot.com//. Boa semana, bons treinos e até a próxima!