Coluna da Arte Suave: o efeito ‘indesejado’ da graduação nas academias; confira e opine
Por Luiz Dias
Antes da graduação, creio que todas as academias ficam mais cheias e todos treinando com força e determinação. Acontece a graduação e, de repente, a academia esvazia. Um efeito comum nas maiorias das academias, pelo menos eu noto na minha. Engraçado esse efeito. Me pego pensando os motivos do esvaziamento. Quem se graduou e quem não foi graduado, de repente, o dojô fica vazio.
Parece que o final do ano não conta mais em sua evolução e melhora do Jiu-Jitsu. O ano acaba na noite da entrega de faixas? Quem ganhou acha, então, que acabou esse ano. E quem não se graduou, chega a conclusão que esse ano também já não conta mais em seu Jiu-Jitsu? Não entendo esse comportamento. A caminhada é infinita. Com esse intervalo sem treino, quem perde é o próprio lutador. Pelo menos na minha academia, eu vejo isso com a certeza de que quem faz isso ainda não percebeu todo alcance que o Jiu-Jitsu tem em nossas vidas, dentro e fora dos tatames.
Por que a motivação de antes da graduação não permanece depois da entrega de faixas? Deveria ser o mesmo, o motivado pela graduação buscar treinar mais e quem achou que deveria ter ganho, treinar mais para corrigir seus pontos fracos e mostrar sua evolução. A euforia da graduação ou um certo abatimento por não ter ganho, eu entendo, é lógico. São sentimento legítimos, os dois lados da mesma moeda. Mas nenhum dos dois são justificativas para não treinar. Vejo pelo contrário.
Que nesse ano de 2019 esses sentimentos motivem a treinar mais e mais, e não o contrário. Que todos busquem a evolução em seu Jiu-Jitsu. A graduação vem como resultado e não deve ser focado como o objetivo. O objetivo, ao meu ver, é a evolução do seu Jiu-Jitsu. Eu encaro assim. Quando treino, tento perceber aonde posso melhorar. É mais que normal todos buscarem uma evolução e, consequentemente, uma graduação maior até a tão desejada faixa preta. Mas ter a graduação como encerramento do ano considero um erro. Não se deve pensar assim. E é fácil de identificar aqueles alunos que não iam com frequência ou tinham se afastado, sabendo que se aproxima da data da entrega de faixa, voltarem e treinam como se nunca tivessem parado.
Todos os professores sabem quais são os alunos mais assíduos e aqueles sazonais. Essa presença perto da entrega de faixas e logo depois o sumiço após a entrega, não se enganem, todos os professores sabem exatamente distinguir. Vamos focar nos treinos e que esse “efeito da graduação” não ocorra em 2019.
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