Coluna da Arte Suave: sua importância e o interesse cada vez maior pela Defesa Pessoal ao redor do mundo; confira

Coluna da Arte Suave: sua importância e o interesse cada vez maior pela Defesa Pessoal ao redor do mundo; confira

* Estive há pouco tempo em Portugal, dando aulas no Porto, na minha filial e em Lisboa, na academia de amigos. Durante meus horários livres, sempre que posso, eu vou surfar. É um momento de curtir as praias dos locais que visito e também de interagir com os surfistas locais. 

Que o nosso Jiu-Jitsu é mundialmente conhecido, é claro que não temos dúvidas, mas o interesse que vejo na Defesa Pessoal ou “Self Defense”, percebo cada vez maior. Infelizmente, vejo essa parte do nosso Jiu-Jitsu deixada de lado por professores. Na minha academia, ela sempre está presente, sendo praticada por todos. É como diz aquela frase tão escutada: “É melhor saber e não precisar usar, do que precisar e não saber.” 

Num desses dias de Surfe que tive na viagem, alguns surfistas me pediram uma aula dos fundamentos da Defesa Pessoal. Então, o quintal da casa do shaper Nuno Mesquita, da Ahua, logo se tornou um dojo. Alguns surfistas mais reservados prefiram apenas ver, tiraram fotos. E depois de uma manhã de Surfe na água gelada, num tempo frio, quimono e moletom, e fui mostrando posições básicas de Defesa Pessoal. 

O interesse foi aproximando todos ao assunto. Fatos lembrados, perguntas… Ali, então, o que para nós, lutadores de Jiu-Jitsu, parece tão básico, para muitos era um mundo sendo descoberto. Defesa de ataque de faca, ataques diversos e suas defesas. É muito gratificante ver o interesse de pessoas que nem sequer têm a arte marcial como esporte, em reconhecerem e quererem estudar essa parte do Jiu-Jitsu. E certamente alguns deles irão abraçar o Jiu-Jitsu como complemento ou um segundo esporte a praticar. 

Eu digo que o Surfe e Jiu-Jitsu se encaixam perfeitamente, como a Defesa Pessoal e o Jiu-Jitsu são os dois lados da mesma moeda. Esse artigo foi inspirado nesse fato. Ali, o interesse não era o Jiu-Jitsu esportivo, mas sim a Defesa Pessoal, até porque muitas vezes o localismo no Surfe é muito agressivo. O Jiu-Jitsu brasileiro abriu muitas portas em muitos picos de Surfe. E muitos episódios com o Surfe foi o Jiu-Jitsu que apresentou seu cartão de visitas ao mundo, defendendo a bandeira brasileira aonde ela estiver. 

Como surfista, nunca precisei usar a Defesa Pessoal para me defender nos países que fui surfar, mas em muitos, foram um ponto para fazer amizades e mostrar o valor do nosso Jiu-Jitsu no mundo. Dessa vez, em Portugal, onde o Jiu-Jitsu já é uma realidade, percebo como a Defesa Pessoal atrai a atenção mesmo de pessoas que não são lutadores, mas sentem a necessidade de saberem se defender de uma abordagem na rua ou em outra situação. Como professor, reforço: não podemos deixar de ensinar a Defesa Pessoal. 

Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Oss!

* Por Luiz Dias