Coluna da Arte Suave: o Jiu-Jitsu em outro país e a união entre culturas causada pelo esporte; saiba mais e opine

Coluna da Arte Suave: o Jiu-Jitsu em outro país e a união entre culturas causada pelo esporte; saiba mais e opine

* Estive há pouco tempo em Portugal. Sempre é bom viajar, principalmente quando o Jiu-Jitsu é quem te leva pelas estradas. Te dá a oportunidade de conhecer culturas, pessoas e diferentes estilos de vida. O Jiu-Jitsu faz uma ponte entre as pessoas, une elas.

Eu tenho uma filial no Porto e dei um aulão em Lisboa também. Nos seminários ou em visitas às academias amigas, vejo pessoas, reencontro outras que certamente se não fosse o Jiu-Jitsu, jamais conheceria. Não importa se é na Austrália, Portugal, Costa Rica, Hungria ou outro país. A vontade de aprender e treinar Jiu-Jitsu transpassa as barreiras da língua e das distâncias geográficas.

Independentemente quando um professor e alunos são do seu escudo param para te escutar ou amigos de um dia de Surfe te perguntam sobre a Defesa Pessoal, o Jiu-Jitsu está ali. Fazendo amizades, mostrando às pessoas o poder da arte. Nas aulas que dei na minha academia no Porto do prof. Pézão, muitos ali não me conheciam. Mas o importante, o principal, era aprender Jiu-Jitsu, a Defesa Pessoal em si.

Enquanto dava aula no Porto, via a vontade de aprender e evoluir dos alunos. E também estar com o professor local e trocar com ele impressões e técnicas, saber como o Jiu-Jitsu está se desenvolvendo ali. Fui dar um aulão numa academia em Lisboa convidado por um amigo, onde vi a alegria das pessoas em conhecer diferentes técnicas. Essa energia que o Jiu-Jitsu leva creio ser única e especial do esporte.

Não interessa nesse momento o seu escudo. Na realidade, o interesse em aprender une as pessoas. Quem estava ali de mente aberta, aprendendo e treinando, não visualizava o escudo. O Jiu-Jitsu une. No outro dia, quando fui surfar, fui cumprimentado por lutadores que estavam na aula. Essa sensação é boa, une pessoas. Meus professores, não obrigatoriamente, pensam como eu em todos os pontos. É claro, e é saudável existirem diferenças, como pensam em alguns aspectos, mas o foco principal não pode ter diferenças: Jiu-Jitsu é buscar a finalização. Treinar Defesa Pessoal, superar nossos próprios limites. 

Estar viajando, mostrando e conhecendo como é o Jiu-Jitsu é uma grande experiência. Temos diferenças culturais, pessoais, mas a arte suave nos une no todo. Creio que quanto mais o Jiu-Jitsu buscar a união, a confraternização, será melhor para nós. Vamos deixar a disputa para as áreas dos campeonatos, que os escudos apenas indiquem aonde treinem. Lutar é para finalizar. Por vezes, tenho diferentes maneiras de pensar que os meus professores, mas vejo isso com certa normalidade. 

Cada um tem a sua história. Não podemos ter o Jiu-Jitsu como um fator de segregação, mas sim como uma ponte para conhecer pessoas e culturas. Voltando para casa, posso refletir como o Jiu-Jitsu une as pessoas. Traz sorrisos e mesmo após as lutas e finalizações, uma amizade fica ali no tatame. Algumas vezes tenho diferenças a serem alinhadas com os meus professores, mas isso é normal. O principal é lutar, treinar a nossa arte suave para puxarmos nossos limites pessoais. Estarmos melhores a cada dia de corpo e mente. 

Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Oss!

* Por Luiz Dias