Coluna da Arte Suave: os detalhes e lições em uma entrega de faixas; saiba mais sobre e opine

Coluna da Arte Suave: os detalhes e lições em uma entrega de faixas; saiba mais sobre e opine

Por Luiz Dias

Há pouco tempo, realizei na minha academia uma entrega de faixas. Sempre um momento importante. É um evento que eu gosto muito, porque consigo reunir amigos, professores e lutadores de várias equipes de Jiu-Jitsu. Já que normalmente os horários coincidem, muitas vezes só nos encontramos em campeonatos e, mesmo assim, de forma corrida. A entrega de faixas se torna uma grande confraternização. Muitos treinam antes e depois do evento.

Nesses eventos, podemos conversar, trocar ideias e reforçar nossos laços de amizade. Acho muito bom ter essa resenha depois da graduação. Tenho grandes amigos que o Jiu-Jitsu me trouxe. Experiências e opiniões são divididas, e por vezes aparecem até amigos que perdemos o contato, que somem e aparecem. Assim, eu tento a cada ano que a entrega de faixas seja um momento sempre de confraternização nos tatames.

Como professor, tem também o momento sério. O momento mais criterioso de avaliar quem será graduado que você chama ou não. É claro que todo professor é ciente que surpresas e certamente algumas frustrações acontecerão ali, no momento em que você chama ou não cada lutador, mas essas situações sempre acontecem em todas academias.

Os julgamentos são livres. Cada um tem o seu. Tento ser o mais justo possível. Converso e escuto opiniões de meus faixas-preta que convivem e treinam com todos, como de faixas-preta amigos meus formados por outros professores que treinam no meu dojo, e que sempre acabam ensinando também. A avaliação é constante, diária. Cada um tem suas lutas particulares e assim vamos tentando fazer as graduações as mais justas possíveis.

Graduar é uma grande responsabilidade. Creio que temos de avaliar bem cada um e assim determinar sua graduação ou não, sempre lembrando que o faixa-preta é um faixa-branca que não desistiu, venceu suas limitações, seus momentos de desânimo e cansaço, e continuou treinando. A nós, professores, vale também não só puxar os limites de cada um, mas também dar aquela palavra de incentivo que muitas vezes será a força que precisa naquele momento para o atleta continuar na estrada do seu aperfeiçoamento.
A graduação é o resultado do seu progresso, resultado de dedicação, tempo no tatame. Treinos e treinos, independentemente se são treinos com iniciantes ou com mais graduados. A graduação não pode ser vista como o foco, mas como uma consequência.

Assim, tento passar sempre para os meus alunos. E que se nessa graduação não foram graduados, nunca encarem como uma “punição ou reprovação”, mas como uma sinalização que está faltando algo a ser atingido ou melhorado no julgamento do seu professor. Por vezes, uma autoavaliação do aluno e uma posterior conversa com o seu professor pode trazer o caminho a ser percorrido para a contínua evolução do seu Jiu-Jitsu.

Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Boa semana, bons treinos e até a próxima!