Coluna da Arte Suave: treine sempre com a ‘mente aberta’, escute seu professor e evolua mais rapidamente no Jiu-Jitsu; saiba mais

Coluna da Arte Suave: treine sempre com a ‘mente aberta’, escute seu professor e evolua mais rapidamente no Jiu-Jitsu; saiba mais

* Durante o treino, tem a hora da posição para estudar, demonstrar e fazer quantas vezes der, de repetir para entender a dinâmica da posição. Por vezes, alguns até conhecem a técnica ou variações interessantes, como também defesas da finalização demonstrada. Mas não é difícil encontrar lutadores que resistem em fazer a posição, por acharem que sabem a mais eficiente ou até mesmo por não acreditarem nela, em sua eficácia.

Me lembra um conto Zen, da xícara cheia de chá. Se não esvaziar sua mente (xícara), nunca estará pronto para aprender novas finalizações ou movimentos. Execute a posição apresentada pelo seu professor. Faça a finalização sem pensar se é eficiente ou não, apenas faça. Depois, repita várias vezes em treinos, arrisque.

Se você não esvaziar a sua mente, será difícil aprender novos golpes. O “esvaziar a mente” é uma técnica muito utilizada pelos praticantes do Zen, para explicar a importância de você estar disposto a ver e ouvir novos conceitos, ideias e propostas. Somente com a mente aberta você poderá aprender e criar novas rotinas, aprender novas técnicas. Para mim, essa prática de esvaziar a mente é sempre proveitosa para o desenvolvimento do lutador. Quanto mais você estiver disposto a aprender e testar movimentos e golpes, mais estará desenvolvendo a sua mente em traçar combinações e finalizações nas lutas.

Essa vontade de aprender tem que estar presente e te motivando em todos os treinos. E junto da motivação, a humildade também tem que estar presente no dojo. Será que um lutador que não compete ou que você se julga superior não pode trazer uma boa posição? Treine buscando aprender mais, tente não treinar sempre com os mesmos amigos. Se prestar atenção, podem ter excelentes treinos sendo despercebidos por você.

Esvazie a sua mente e mergulhe no treino. Viva o momento presente, a competição ainda é futuro, mas é no treino presente que você vai ajustar posições e poderá conhecer novos golpes. Pratico esse raciocínio na minha vida pessoal também. Mesmo sendo faixa-preta, tento manter uma mente de principiante sempre aberta para aprender. O Mestre Zen Shunryu Suzuki cita a seguinte frase: “Há muitas possibilidades na mente do principiante, mas poucas na do perito”. É no treino o momento de você testar novas finalizações, movimentos e desenvolver uma variação de um golpe. No campeonato, é lutar para ganhar. Só praticando é que percebemos o momento exato de encaixe dos golpes para polir nossos pontos fracos. Corrigir onde você foi finalizado é um ponto a trabalhar muito importante, e não há como fugir disso.

Em artigos anteriores, escrevi que você pode tornar seu lado mais vulnerável no seu lado mais forte com muito treino e dedicação. Um treino tem que fazer você melhorar corpo e mente. Acabe com um hábito que não considero saudável, fazer um pré-julgamento e decidir nem tentar a posição, de ser resistente a treinos específicos e posições propostas pelo seu treinador. Se você o escolheu como professor, é importante existir esse elo de confiança, ou você acha que ele ensinaria em seu dojo um golpe que não julga eficiente?

Esses julgamentos e decisões precipitadas podem te impedir de tentar executar um golpe que pode ser excelente em sua rotina. Você julga, mas não tenta, aí está o erro. Esvazie a sua mente de qualquer pensamento e apenas treine focado naquele momento. Essa prática foi adotada pelos samurais ao perceberem a importância de “esvaziar a mente” na evolução da sua performance aplicada no combate.

Para mais informações, veja https://www.instagram.com/luizdiasbjj/ ou entre em contato pelo e-mail [email protected]. Também conheça o http://www.geracaoartesuave.com.br/. Oss!

* Por Luiz Dias